Desprefeito quer silenciar a imprensa livre e independente dos blogueiros de Marabá/PA.

MARABÁ/PA – O desprefeito Maurino Magalhães quer silenciar a imprensa livre e independente dos blogueiros de Marabá.
Segundo publicação do Diário da Justiça desta quarta-feira, 6 de julho, ele deu entrada a uma Ação Ordinária de Danos Morais com pedido liminar de antecipação de tutela e segredo de Justiça contra Pedro Gomes (Oresto do Iceberg), Laércio Ribeiro (Blog do Laércio), Chagas Filho (Terra do Nunca), Ribamar Ribeiro Júnior (Contraponto & Reflexão) e Ademir Braz (Quaradouro).
O pretexto: os blogs têm veiculado matérias que associariam a imagem do desprefeito à de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista do III Reich. Pede, por isso, seja determinada a retirada dos blogs das reportagens que trazem a ilustração (montagem) em que ele aparece trajando o uniforme nazista com a suástica.
A pretensão de Maurino Magalhães, o pior prefeito que Marabá já teve a infelicidade de eleger, já começou a levar chumbo. O Juiz Marcelo Andrei Simão Santos, respondendo pela 1ª Vara Cível, para onde foi distribuído o processo, indeferiu liminarmente os pedidos de segredo de Justiça e de tutela antecipada (a decisão interlocutória que acata o pedido do postulante, total ou parcialmente). Em seguida, determinou a citação dos jornalistas via AR para audiência no dia 25 de agosto de 2011, às onze horas, depois da qual apreciará o pedido do desprefeito. Dispôs, também, que os jornalistas têm 15 dias para contestar a ação, contados a partir da audiência de agosto.
A iniciativa de Maurino, que desde 2009 responde a processo acusado da prática de caixa-dois – sonegação fiscal ou lavagem de dinheiro, uso de recursos financeiros não contabilizados e não declarados aos órgãos de fiscalização competentes na campanha de 2008, quando elegeu-se – seria uma reação às duras e pesadas críticas que lhe fazem desde sempre crescentes setores da sociedade, apenas dois anos e meio do seu mandato. A ordem dada a seus títeres, apaniguados e mesmo secretários – sobre os quais não tem qualquer autoridade – é que partam para o confronto com qualquer pessoa, órgão ou instituição que lhe aponte a incompetência, o autoritarismo anti-democrático e a improbidade administrativa.
Pelo visto, uma guerra perdida – mal começada.

Do Quaradouro

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