Mortes são genocídio, diz deputado

Nas redes sociais, os depoimentos deixados por amigos, parentes e colegas de corporação  misturam o pesar da perda com a revolta pela situação de falta de segurança que assola até mesmo quem trabalha para prezar por ela. Na fanpage da Associação dos Cabos e Soldados do Pará, um texto publicado ontem de manhã por um internauta identificado como Frank Pires deixava claro: “Reafirmo aqui o compromisso de cumprir o meu dever, mas entendam, não sou pago para morrer”.

Outro seguidor da página, de nome Jorge Queiroz, também não deixou de reforçar que a morte de Feliciana é mais um doloroso dado da estatística da violência no Estado. “Amiga, conselheira espiritual e companheira de lutas pela justiça, (sic) Feliciana foi mais uma vítima dessa violência desenfreada que assola o Pará”, postou.

“O que ocorreu não foi uma tragédia. Quando a gente fica sabendo que um policial morreu em serviço, que uma autoridade ou um parente de autoridade é assaltado, isso sim é uma fatalidade, uma tragédia. Mas quando isso acontece em meio a uma administração estadual que não prioriza o investimento em Segurança Pública, pelo contrário, que corta investimentos e investe em propagandas que mostram um cenário que não condiz com a realidade da população, não é tragédia. É uma farsa. É um genocídio”, dispara o deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSol).

Em seu blog, a ex-governadora petista Ana Júlia Carepa também não perdoa o descaso do governo do PSDB diante da enorme insegurança experimentada todos os dias no Estado. O texto publicado dia 8 de novembro fala em “desgoverno” e lembra, restringindo-se ao ano de 2013 que “até a data de hoje, já são 31 os policiais mortos, em ação ou de folga, no estado do Pará. A ação de ontem [referindo-se ao dia do assalto] mostrou que os criminosos não temem a polícia”.

(Diário do Pará)

(Foto: Bruno Carachesti/Diário do Pará)

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