PSOL paraense não teme o poderio econômico das elites, afirma Walmir Freire

[Redação]

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Professor Walmir Freire, presidente do PSOL paraense

No final de outubro o PSOL paraense realizou o seu 4º Congresso Estadual. Os psolistas aprovaram um conjunto de resoluções sobre o papel que o partido irá desempenhar nas eleições de 2014. O evento também conduziu o professor Walmir Freire à presidência da legenda. Em entrevista, o dirigente afirma que o partido está preparado para a disputa e não teme o poderio econômico das candidaturas das elites. Walmir Freire ocupava o cargo de Secretário Geral do PSOL. Sua atuação como dirigente partidário foi considerada decisiva para fortalecimento da legenda em todo o estado. Confira!

Qual será o papel do PSOL nas eleições de 2014?

O PSOL apresentará candidaturas em todos os níveis e faremos esforços para reunir nossas mais expressivas lideranças em todas as regiões do estado para cumprir esta importante tarefa eleitoral. Os excelentes resultados obtidos nas últimas eleições nos credenciaram como alternativa real do campo da esquerda à falsa polarização das elites. Nosso objetivo também é ampliar a representação no legislativo paraense que hoje conta apenas com um parlamentar, o deputado Edmilson Rodrigues, o mais votado deputado da história do Pará e eleger pela primeira vez uma bancada federal.

O PSOL pretende reeditar a frente que disputou a capital paraense?

Sobre a política de alianças, o nosso 4º Congresso orienta a conformação de uma Frente Política de Esquerda (FPE), buscando, a partir de alianças com PSTU e PCB ampliar para o campo Democrático e Popular, mantendo os mesmos critérios da política de alianças adotada de forma vitoriosa nas eleições de 2012. Esse é o nosso desafio.

O jogo já começou. O governador Simão Jatene é o candidato natural do PSDB e Helder Barbalho do PMDB com o apoio do PT são forças incontestes. Como o PSOL pretende influir nessa sucessão?

Temos consciência que iremos enfrentar as poderosas máquinas governamentais, a mídia conservadora e o poderio econômico. Mas isso, não nos intimida, muito pelo contrário. Partindo do acúmulo que já temos, daremos início a elaboração de nosso programa de mudanças efetivas para o estado, de caráter democrático e popular, aberto à colaboração de ativistas dos movimentos sociais e da intelectualidade. Sem desmerecimento das legendas que se situam no campo da esquerda, temos autoridade para levar ao debate a pauta de mobilização das ruas, que tomou conta do Brasil e do Pará nos últimos tempos.

Como fazer isso sem tempo de mídia?

O PSOL tem uma militância aguerrida e aumenta cada vez mais a sua influência nos movimentos sociais. Nosso partido tem obtido o reconhecimento da sociedade, pela abnegada atuação de nossas bancadas parlamentares, sempre voltada a defender as demandas das camadas menos favorecidas. A exemplo, nas últimas eleições a nossa candidatura na capital conquistou quase 350 mil votos na disputa pela prefeitura de Belém, dividindo a cidade ao meio, mesmo com escasso tempo na propaganda de rádio e TV e com um dos menores orçamentos de campanha. Também elegemos a maior bancada de vereadores da capital, a ex-senadora Marinor Brito foi campeã de votos nas eleições para a Câmara de Belém. Tivemos votações majoritárias acima de 5% em vários municípios. Elegemos parlamentares em Portel e Igarapé-Açu e o vice-prefeito de São Miguel do Guamá. Vamos disputar com os nossos melhores nomes para defender a vontade popular. Essa força reunida fará diferença, sem dúvida em 2014.

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