“Bancada do Crime” vira tema em debate de candidatos ao governo do Pará

Em debate entre candidatos ao governo do Pará, promovido pela TV Liberal na noite desta terça-feira (27), o candidato do Psol, Adolfo Oliveira, questionou o candidato do PL, senador Zequinha Marinho, sobre a existência de uma bancada do crime no Congresso Nacional.

Em sua pergunta, Adolfo destacou que no Congresso Nacional, onde Zequinha cumpre mandato, existe uma bancada para defender o crime organizado. “Essa bancada do crime é responsável pelo garimpo ilegal, pela violência no campo, pelo desmatamento, pelo tráfico de drogas e pelo tráfico de armas”, disse o candidato.

Em resposta, o bolsonarista disse que não existe nenhuma bancada que defende crime. ” Muita gente lá defende causa e não coisas. Nós temos trabalhado exatamente para fazer com que a lei alcance e dê legalidade a quem produz, seja em que setor for”, respondeu.

Na sequência, o Psolista retrucou: “Isso não é verdade. Eu convido você que está assistindo a gente, a procurar no google “bancada do crime”, e você vai saber o que é. A violência no campo está presente, porque tem gente que não defende a legislação, tem gente que defende criminoso. Criminoso é quem está incendiando escola em Anapu, criminoso é quem se junta por grupos de whatsapp para fazer o dia do fogo, um dos maiores crimes ambientais que já existiu no Pará, criminoso é quem manda ofício para a PF para não prender balsas garimpeiras que estavam destruindo a Amazônia e contaminando os rios do Tapajós, criminoso é aquele que tenta pegar a PF para não destruir avião que está servindo para desmatamento, para tráfico de ouro ou então, para tráfico de drogas. Existe, sim, uma bancada do crime no congresso nacional”.

Bancada do Crime

O delegado federal Alexandre Saraiva afirmou, em junho deste ano, que os criminosos que atuam na Amazônia têm boa parte dos políticos da Região Norte no bolso. Entre os nomes citados pelo ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas está o do senador Zequinha Marinho (PL-PA). Em nota, o senador disse que ‘não irá tolerar difamação, calúnia ou qualquer ataque à sua imagem’.

A declaração de Alexandre Saraiva foi dada durante entrevista para o programa Estúdio I, da GloboNews, com Andréia Sadi. Segundo o delegado, as investigações de crimes que ocorrem na Amazônia, como o caso do desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira, são prejudicadas porque os grupos criminosos possuem influência sobre alguns políticos.

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