A ilha do Combú foi o local escolhido para o lançamento do projeto Iniciativa de Escalonamento de LARC no SUS, realizado nesta terça-feira, 17. LARC é uma sigla em inglês para Long-acting reversible contraceptives, que significa métodos contraceptivos reversíveis de longa duração.
“É o fortalecimento da oferta contraceptiva no SUS e a chance de cada mulher exercer seus direitos, com a opção de decidir sobre seus próprios corpos. Ação potente para a redução da mortalidade materna e infantil”, enfatizou Monica Iassana Reis, coordenadora de Atenção de Saúde das Mulheres, do Departamento de Gestão do Cuidado Integral em Saúde da Secretaria de Atenção Primária, do Ministério da Saúde.
O projeto é uma realização do Ministério da Saúde, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
Cooperação
A visita técnica, que lançou a Unidade Básica de Saúde do Combú como referência de Escalonamento de LARC no SUS, foi celebrada com a assinatura do Termo de Cooperação, com profissionais do Ministério da Saúde, Prefeitura de Belém e Governo do Estado.
“Os profissionais de saúde contemplados com a capacitação promovida pelo projeto têm acesso às aulas on-line, técnicas e teóricas, de forma presencial. A meta é habilitar 10 unidades de saúde a cada período de capacitação. O projeto tem por objetivo ampliar a oferta dos métodos reversíveis de longa duração, como o DIU de cobre e o implante subdérmico”, adiantou Aline Gobbo, referência técnica em Saúde da Mulher, da Sesma.
Projeto acontece em 16 países da região da América Latina e Caribe
A Estratégia Regional tem o objetivo de aumentar a prevalência de uso dos métodos reversíveis de longa duração (LARC – sigla em inglês) na América Latina e Caribe, com ênfase no DIU com cobre, e é uma iniciativa liderada pelo escritório regional do UNFPA (LACRO), em parceria com os Ministérios da Saúde, em 16 países da América Latina e do Caribe. No Brasil, a Estratégia é coordenada pelo Ministério da Saúde em parceria com o UNFPA Brasil, e conta com o apoio técnico da Reprolatina.
O DIU com cobre é um dos métodos mais eficazes, sendo geralmente bem tolerado e estando disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Ademais, é um contraceptivo de longa duração, podendo ser utilizado por um período de até 10 anos, e é reversível, ou seja, a usuária pode vir a engravidar logo após a sua retirada. Apesar disso, o DIU ainda vem sendo pouco utilizado no Brasil, de modo que a iniciativa de escalonamento da oferta desse método contraceptivo busca justamente ampliar as escolhas voluntárias e a promoção dos direitos reprodutivos para as mulheres e adolescentes brasileiras.
Com informações de Agência Belém e UNFPA Brasil