SINTEPP (*)
O desmonte da escola pública, acelerada no Governo de Ana Júlia, tem novo capítulo estampado nas páginas policiais do Brasil ao noticiar a falta de tato com que esse governo trata as questões sociais, principalmente, quem ousa a denunciar as mazelas da educação, como aconteceu com os trabalhadores em educação em greve que foram duramente reprimidos pela polícia do Estado, incluindo suas lideranças ameaçadas de prisão. Agora os estudantes, na maioria adolescente, foram covardemente reprimidos por reivindicar o direito a uma educação decente.
Quem não lembra que ao lado da E.E. Cordeiro de Farias funcionava outra escola, também do Estado, famosa e tradicional em Belém – Escola Lauro Sodré – que foi fechada depois de um desabamento em uma das reformas mal feitas pelo Estado. A partir daí as aulas nunca mais voltaram e o prédio foi doado para o Tribunal de Justiça do Estado e os alunos penalizados.
O Judiciário do estado requereu mais um “favorzinho” do Governo: quer o espaço da escola Cordeiro de Farias, pois já havia ocupado parte do terreno para aumentar o seu estacionamento. Este terreno estava reservado para a ampliação do modesto ginásio poliesportivo da escola e principal área de ventilação, que ameniza o calor insuportável que esses prédios mal projetados oferecem aos nossos estudantes, que segundo a promessa do Governo Ana Júlia, todas as escolas do centro da cidade, seriam climatizadas, mas que até o momento não saiu do papel.
Os alunos da EE. Cordeiro de Farias indignados com mais esse descaso e desmonte da educação no Pará e a infindável reforma porque passa a escola, resolveram protestar ocupando parte da Av. Almirante Barroso nodia 17 de setembro, a SEDUC acionou a polícia para acabar com o protesto. A polícia chegou reprimindo os estudantes, com gás lacrimogêneo, spray de pimenta e tiro de arma de fogo, o que demonstrou o total despreparo dos oficiais da PM em comandar os soldados que deveriam ser especializados para tratar desses assuntos e garantir a segurança dos envolvidos.
A desmedida violência merece o nosso repúdio e de toda sociedade. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará se solidariza com os estudantes da Escola Estadual Cordeiro de Farias, pelo ato de bravura e o comprometimento na defesa de uma escola pública de qualidade social e reprova esta atitude autoritária, violenta e repressiva do braço armado do Governo Ana Júlia.
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