Cerca de mil trabalhadores da educação pública do Pará vindos de 25 municípios do Estado decidiram, em assembleia realizada no final da manhã desta sexta-feira (11), no Centro Social de Nazaré, manter a greve da categoria, iniciada em 26 de setembro e que hoje completa, exatos, 47 dias.
Em uma demonstração de fortalecimento e unidade do movimento de paralisação a decisão de continuidade da greve foi aprovada por unanimidade. A Categoria decidiu também que vai entrar com ação jurídica no Ministério Público para que este, instaure inquérito civil contra o governo do Estado por não cumprir a lei federal que assegura o pagamento do piso salarial para a categoria.
Ontem, a assessoria jurídica do Sintepp confirmou que protocolou uma representação no Ministério Público contra a promotora Graça Cunha, por não ser de competência da promotoria que ela representa analisar a questão do piso salarial da categoria.
Os trabalhadores em educação também tem denunciado as várias formas utilizadas pelo governo do Estado para criminalizar o movimento utilizando a máquina estatal, alguns grupos de comunicação, o Judiciário e o Ministério Público valendo-se da ameaça de demissão de trabalhadores temporários, concursados que estão em estágio probatório.
Hoje a assessoria jurídica do sindicato informou, durante a assembleia, que vai pedir ao Ministério Público que instaure inquérito civil contra o governo do Estado pelo descumprimento da lei que determina o pagamento do piso salarial da categoria.
– É uma lei que já está valendo para todos os Estados brasileiros, mas que não é aplicada aqui, disse Paulo Henrique Correa da assessoria jurídica do Sintepp.
Para a coordenadora estadual do Sintepp, Conceição Holanda, o governo do Estado está tentando pressionar os trabalhadores da educação a voltarem ao trabalho, com a proposição de medidas no Conselho de Educação.
– Estamos denunciando a postura do governo do Estado, que ontem tentou propor a redução dos dias letivos, de 200 para 180, como forma de pressionar a categoria, mas a presidente do conselho não aceitou colocar a proposta em votação’, disse Holanda.
Agenda de Greve:
12/11 – Conselho Estadual de Representantes.
13/11 – Panfletagem na Pça da República, 9h00.
16/11 – Ato público no CAN, 9
Fonte: Blog da Marinor