“Corona fest” nos motéis de Belém desafia a gravidade da pandemia

As aglomerações em festas clandestinas ocorridas com frequência em motéis da capital, durante o pico da pandemia, tem chamado a atenção dos órgãos de saúde e de segurança do Estado, por violarem as medidas restritivas adotadas pelo governo do Pará para conter o avanço da Covid-19 na Região Metropolitana de Belém.

Neste domingo (14), uma festa com mais de 50 pessoas foi interrompida por uma ação policial em um motel localizado no bairro do Umarizal. Uma denúncia anônima feita às equipes de segurança levaram policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais até o local, onde foram flagradas bebidas alcoólicas e drogas ilícitas.

Festa interrompida pela polícia. Foto: reprodução

No último dia (8), um outro grupo causou confusão dentro de um Motel no bairro do Telégrafo, que acabou com um tiro disparado dentro do local. Policiais Militares também foram acionados para atender a ocorrência. Esses dois casos ganharam manchete nos jornais.

Não bastasse a situação crítica em que se encontram as redes de saúde pública e privada, sem leitos e com filas de espera, mobilizar os aparatos do Estado para tentar conter uma minoria de comportamento inconsequente, que se aglomera, se contamina e depois espalha o vírus na família e na comunidade, passou a ser um novo desafio.

Em outros tempos, aqui ou em qualquer lugar, o “oba oba”, nesses espaços, poderia ser coisa corriqueira e normal, mas no momento em que milhares de pessoas estão morrendo por dia no país, soa com deboche.

Redação: pontodepautapara@gmail.com

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