Tapetão: ação de Eguchi pode ser “o tiro saiu pela culatra”

“Quem recebe Bolsa Família e auxílio emergencial são vagabundos” – Foto: reprodução

Eguchi, o candidato que ficou conhecido durante as últimas eleições pela afirmação de que “quem recebe Bolsa Família e auxílio emergencial são vagabundos”, tenta agora reverter o resultado das eleições no tapetão. A tese do candidato, considerada um factoide pelo advogado da coligação que elegeu Edmilson, também virou motivo de chacota no meio jurídico.

Entre as alucinações, consta por exemplo, a suspeição da “lisura das urnas eletrônicas”, uma espécie de “copia e cola” de falas do presidente Bolsonaro sobre o assunto. Diz a tese que, o “emprenhamento de votos em determinadas urnas, deveria resultar em nulidade da eleição do segundo turno”. Ao que se sabe, nenhum candidato tem acesso prévio ao sistema. Afinal, a Justiça Eleitoral utiliza o que há de mais moderno em termos de segurança da informação para garantir a integridade, a confiabilidade, a transparência e a autenticidade do processo eleitoral.

O candidato derrotado reforça os argumentos ao relatar a “interferência de hackers, no chamado cibercrime, no sistema de apuração das eleições, os quais teriam modificado o resultado das mesmas, e que, diante da impossibilidade na recontagem de votos, o que fere e infringe o princípio da democracia”.

TSE E AS URNAS ELETRÔNICAS

Sem provar absolutamente nada, o ex-candidato profere um show bizarro de ilações sobre o sistema eletrônico do TSE. É famoso “o tiro saiu pela culatra”, termo usado quando se tem uma intenção de fazer uma coisa e o oposto ocorre, em caso de o órgão máximo da Justiça Eleitoral resolver cobrar as provas.

Desde que foi adotada no processo eleitoral brasileiro, em 1996, a urna já contabiliza 13 eleições (entre gerais e municipais) bem-sucedidas, incluindo as Eleições Municipais de 2020. Também foi utilizada em um grande número de eleições suplementares, consultas populares – municipais e estaduais, tais como o Plebiscito do Pará – e pleitos comunitários, sem qualquer vestígio ou comprovação de fraude, diz o comunicado público do TSE.

BORA BELÉM

Sobre o Bora Belém, bom, alguém deve avisar o candidato que o programa de renda cidadã foi aprovado pela Câmara Municipal de Belém por unanimidade e já está em pleno vigor, em parceria com o governo do Pará, com atenção especial às famílias em situação de vulnerabilidade social, para o desgosto de quem acha que “pobre é vagabundo”.

Redação:
pontodepautapara@gmail.com

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