Rafael Garganta: movimentos culturais entram na disputa por vaga na Assembleia Legislativa do Pará

Ao longo dos últimos anos, houve uma grande crescente de movimentos sociais culturais no estado do Pará, onde algumas figuras públicas ganharam forte projeção no cenário da produção cultural, não somente no cenário estadual mas também nacional. Nestes ambientes, diversos coletivos culturais e movimentos sociais clamam que hajam representantes de suas pautas políticas, e nisso surgem alguns nomes como pré-candidaturas para a disputa do pleito eleitoral de 2022. Um destes nomes é o Rafael Garganta.

Conhecido principalmente pela alcunha de “Garganta”, Rafael tem em sua trajetória profissional a atuação como educador em linguagens e produtor cultural desde meados de 2008. Atuante desde os underground palcos do rock, ao universo geek e palcos da cultura popular, a sua trajetória inclui a fundação do coletivo “Fórum do Rock Paraense”, que busca proporcionar palcos e oportunidades para artistas autorais, além de ter sido suplente da presidência do Instituto Arraial do Pavulagem.

“É imprescindível abordar as políticas públicas de cultura a partir da PROFISSIONALIZAÇÃO dos/as produtores/as culturais do nosso estado, onde teremos que falar não somente dos/as artistas envolvidos/as, mas também do público, casas de show, coletivos culturais, construção de leis/editais de incentivo cultural e etc; a produção cultural tem urgência para ser vista como PROFISSÃO de todas as partes envolvidas, não somente como o lazer e/ou o entretenimento momentâneo de algumas camadas sociais elitizadas. Este é o norte de minha toda a minha vida cultural, e se candidato eu for a algum cargo político, os projetos e debates de minha candidatura também estarão em torno disso”, afirma Rafael Garganta em entrevista ao Ponto de Pauta.

Alguns outros nomes de atuação cultural no estado apoiam as mesmas pautas trazidas pelo pré-candidato, como é o caso do coletivo TPM (Tudo Pelas Mulheres), da cidade de Santarém; “estamos de acordo com estas pautas levantadas pelo pré-candidato, por acreditarmos que de fato é disso o que precisamos para que em especial a produção cultural independente tenha acesso às políticas públicas culturais”, relata o coletivo.

Há ainda a presença de apoiadoras e apoiadores que são membros de vários outros nichos e coletivos no estado, tais como o Facada Fest, Fórum Paraense do Rock, Animazon, Anime Geek, Toma o Teu Som, Porthell, Canal du Rock (youtube), Coletivo Nerds Paraenses, Distro Rock, Leprosys Produções, dentre outros.

Para Diego Borges, produtor cultural e um dos fundadores do coletivo CONECTA, que realiza programações de culturas urbanas e digitais, “as propostas trazidas pelo Rafael Garganta são um respiro de esperança, é sempre muito difícil buscar parcerias tanto no setor público quanto no privado, mas se houver de forma fixa os investimentos públicos, podemos não somente criar agendas e programações profissionais, mas também uma maior democratização de acesso às políticas culturais”.

Há ainda diversos outros nomes que endossam esta pré-candidatura, tais como Sheila Moutinho, que possui o título de comenda “Mulheres do Norte”, do Rotary Club de Belém, além de ser ex-conselheira do CNPC (Conselho Nacional de Política Cultural). Ou ainda Heleno Júnior, ex-membro do Conselho de Cultura em Canaã dos Carajás.

A pré-candidatura de Rafael Garganta é para Deputado Estadual, onde ele e as lideranças aliadas prometem causar uma importante revolução nas políticas culturais da ALEPA.

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