X FOSPA é o grande destaque do sétimo episódio do “Paid’égua Podcast”

As convidadas da semana foram a jornalista e escritora Erika Morhy e a multiartista e pesquisadora indígena Marcia Kambeba, ambas participantes de destaque no X Fórum-Social Pan-Amazônico (Foto: Caio Mascarenhas).

O sétimo episódio do Paid’égua Podcast, programa semanal da deputada estadual Marinor Brito (PSOL/PA), recebeu a jornalista e escritora Erika Morhy e a ativista, artista multilíngue e pesquisadora Marcia Kambeba.

Pesquisadora de sua etnia originária, os Kambeba, Márcia disse que está viajando neste mês para o Peru para coletar dados sobre as origens de seu povo neste país, para pesquisa de doutorado que ela desenvolve no Instituto de Letras e Comunicação da UFPA. “O meu doutorado traz a Pan-Amazônia. Porque nós vamos interligar as narrativas orais Kambeba do Brasil e do Peru. Porque o (povo) Kambeba vem pelo Baixo Napo , no Peru e chega no Brasil”, explica a escritora e compositora.

Já Erika comentou o seu próprio podcast, o “Mulheres do Mar”, que trata sobre o cotidiano das mulheres do município de Salinópolis. Segundo a jornalista, o podcast dialoga com mulheres que têm “vivências, saberes e ofícios ligados às suas ancestralidades, herdadas através da oralidade”, tendo o podcast conversado com uma parteira, pescadoras artesanais, uma benzedeira, uma carimbozeira.

A uma semana do início do evento, o grande destaque da conversa foi o X Fórum Social-Pan-Amazônico, que inicia-se no próximo dia 28 e segue até dia 31, em Belém. O evento será realizado no campus Guamá da UFPA.

Marcia Kambeba disse que foi convidada pra ser a cerimonialista de abertura do evento, no dia 28 de julho, além de participar numa mesa de debate e uma apresentação de seu projeto musical de cantos na língua da etnia Kambeba, no encerramento do Fórum.

Já Erika está colaborando na assessoria de imprensa do evento e fez uma breve explicação de como se dará a organização, enfatizando os blocos batizados de “Casas de Saberes”: “A coordenação do Fórum decidiu que as atividades que são consideradas auto-gestionadas , ou seja, (aquelas que) as próprias organizações ou pessoas estão propondo, que são 290, estarão estruturadas em cinco Casas de Saberes. Então por exemplo, (haverá) a casa onde terá o debate mais focado na resistência feminista- a Casa da Resistência das Mulheres, a Casa da Mãe-terra… Então cada Casa, concentra determinadas temáticas”.

Assista o episódio na íntegra.

Texto: Ju Abe

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