Prefeitura expande projetos de educação musical em escolas de Belém

A música é tão importante na vida das pessoas que muita gente não vive sem ela desde a hora de acordar até dormir. O bem que ela provoca é celebrado em 1º de Outubro, Dia Internacional de Música, uma iniciativa da Unesco por meio da International Music Counci, organização não governamental que promove a paz e a amizade entre os povos com o auxílio da música.

Prioridade nesta gestão, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), quer expandir o projeto de educação musical nas escolas, com aulas e oficinas. E a iniciativa está a pleno vapor. Na Escola de Ensino Fundamental (EMEF) Manuela Freitas, no bairro de São Brás, o ensino de música já está presente e se fortalece a cada dia.

“Os estudantes da escola estão gostando muito desses nossos encontros com a música”, sublinha Raquel Veiga, professora de Música da unidade educativa e coordenadora do coral infantojuvenil da Semec.

“A música me proporcionou coisas legais e me levou a lugares que eu nunca pensei que estaria, como em grandes eventos no Pará. Estou muito feliz por isso”, declara Paulo Brasil, de 15 anos, estudante da EMEF Manuela Freitas.

Para Alex Lustosa, 14 anos, da EMEF Benvinda de França Messias, “a música é muito boa para a gente conhecer mais um pouco sobre arte, fazer novas amizades, além de me deixar mais calmo. Antes eu era estressado”.

Também localizada em São Brás, a Escola de Ensino Fundamental (EMEF) Benvinda de França Messias já mantém o ensino musical. O som harmonioso se espraia pelas redondezas por causa das aulas ministradas pelo professor Misael Rodrigues Júnior, que trabalha para despertar em cada criança o amor por essa arte.

A professora Raquel Veiga conta que, desde o ano passado, “nos organizamos para criar o nosso canto coral, com apoio de uma equipe de profissionais de Arte e Educação e com o entusiasmo dos alunos”. Daí, agregar cem vozes para cantar foi um pulinho.

Os pequenos artistas da música esbanjaram talento na voz e na flauta nos espetáculos apresentados na Aldeia Cabana, durante a Bienal da Artes, e na I Festa Literária de Belém (Flibe), quando foram aplaudidos de pé. “A construção do coral promoveu a interação entre estudantes de outras unidades educadoras e, a partir de então, estabeleceu vínculos de amizade através da música”, avalia a professora.

A música se torna mais uma ferramenta de ensino e bem-estar nas escolas de Belém

“São muitos os benefícios da música na vida das pessoas, uma vez que ajuda nos estudos ao melhorar a concentração e estimular a memória”, explica a professora Keila Monteiro, do Núcleo de Arte, Cultura e Educação (Nace/Semec). “Uma tarefa cansativa e repetitiva pode se transformar em uma atividade muito mais agradável”, acrescenta.

Para ilustrar as ações positivas da música, a professora lembra que, durante o período inicial de colonização na América, “as pessoas escravizadas trabalhavam cantando para aliviar suas dores, fazendo emergir novos gêneros musicais, como o blues”.

Inclusão – Keila Monteiro destaca também a importância da música como ferramenta de inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ao promover a melhoria nas interações sociais. “Enfatiza-se, portanto, a importância da educação musical no contexto escolar, como contribuição para o desenvolvimento do ser humano”.

Saúde – A musicalização de crianças e adolescentes, jovens, adultos e idosos nas escolas também é um instrumento de promoção à saúde. “Através dela (música) alcançamos maior socialização e autonomia, contribuindo para o bem-estar, o convívio social, o trabalho em equipe, e a vivência em coletividade”, ressalta a psicóloga Camila Malcher, à frente da Coordenação Integrada de Educação e Saúde (Cines/Semec).

Ela reforça ainda que “a educação integral busca garantir o desenvolvimento humano em todas as suas dimensões: intelectual, física, afetiva, social e cultural, e a música uma excelente ferramenta que perpassa por todas essas dimensões”.

O coral infantojuvenil da Semec – instituído nesta gestão – envolve cem crianças e jovens, na faixa etária de 10 a 15 anos, de cinco escolas da rede municipal de ensino: Milton Monte, Almerindo Trindade, Benvinda de França Messias, Manuela Freitas e a UP Verdejante, anexo da Escola Olga Benário.

Silvia Sales – Agência Belém

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