(foto: Reprodução/Twitter Lula Oficial/Ricardo Stuckert)
Em uma entrevista ao jornal espanhol ABC, o papa Francisco disse que o processo que levou o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à prisão em 2018, começou por causa de uma fake news.
O pontífice disse também que notícias falsas sobre líderes políticos são gravíssimas. “Eles podem destruir uma pessoa”, disse. “Um julgamento tem que ser o mais limpo possível, com tribunais que não têm outro interesse senão fazer justiça. Esse caso do Brasil é histórico”, disse Francisco.
Em 2018, Lula foi preso pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). Após 580 dias preso na sede da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, ele foi solto. Em 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o julgamento do presidente que o levou à prisão, conduzido por Sérgio Moro, foi contaminado pela parcialidade de Moro.
A declaração do Papa ocorre em meio à polêmica condenação judicial de sua conterrânea , a vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner, condenada pela corte argentina à seis anos de reclusão e privação de suas atividades políticas, por “administração fraudulenta”. A sentença vem sendo apontada pela esquerda argentina como parcial e com objetivos políticos de afastar Kirchner do cenário, já que ela é um dos nomes mais fortes para suceder o atual presidente Alberto Fernández.
O secretário-geral da Central dos Trabalhadores da Argentina (CTA), Hugo Yasky, deputado federal pela Frente de Todos e sindicalista próximo a Cristina Kirchner, chegou a comparar o caso argentino ao que aconteceu à Lula em 2018, em uma declaração cedida ao portal Brasil de Fato. “O que estamos vivendo na Argentina é muito similar ao que vimos no Brasil, com a prisão de Lula”, disse Yasky.
Com informações de Estado de Minas e Brasil de Fato.
