Ministra Marina Silva e comitiva visitam comunidade extrativista de Soure

Reprodução O Liberal

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva, esteve no município marajoara de Soure, na manhã desta segunda-feira (6), junto com comitiva, cumprindo agenda oficial do governo federal.

A ministra veio acompanhada do presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho; o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marcelo Marcelino; e a secretária das Populações Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável, Edel de Moraes. A comitiva do governo federal visitou a Reserva Extrativista (Resex) Marinha Soure, na comunidade Caju-Una.

A área protegida possui cerca de 27 mil hectares e foi a primeira desse tipo criada pelo governo brasileiro no ano de 2001. Apesar da importância da Resex, a população reivindica a atualização de aspectos legais e burocráticos que dificultam a vida das 1.800 famílias extrativistas que habitam a área.

“O ICMBio não aceita, por exemplo, que se tenha uma casa e se faça uma obra. Para mexer em qualquer estrutura tem que pedir autorização. Isso nós não aceitamos porque antes mesmo de criar a reserva e o próprio ICMBio, nós já vivíamos na comunidade”, , disse o coordenador do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Valdemil da Gama Medeiros ao jornalista Fabrício Queiroz, do Liberal. O CNS foi o movimento responsável pela articulação da vinda da ministra ao Marajó e pela escolha da comunidade do Caju-Una como anfitriã do encontro. 

Além disso, os extrativistas formularam um documento com outras demandas e entregaram às autoridades federais. Entre elas, estaria o pedido para recuperação da estrada de 18 km que liga a comunidade ao município de Soure, que, segundo Valdemil, está intrafegável.

Discurso

Marina Silva falou sobre o comprometimento do governo Lula com o desmatamento zero e com as comunidades tradicionais. Além disso, ela elogiou a cultura do carimbó demonstrada pelas crianças da comunidade: “Que coisa bonita, a cultura do carimbó, e as crianças começaram a dançar. Quando as crianças podem levar o legado de alguém, é porque aquela comunidade tá viva, e essa comunidade tá viva. Nós vamos trabalhar. Não vim aqui fazer promessa vã. Não tá fácil, o presidente Lula pegou um país falido, mas, nesses quatro anos a gente quer consertar”, disse a ministra.

Veja aqui a reportagem completa.

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