A Prefeitura de Belém, através do Banco do Povo e da Coordenadoria de Mulheres de Belém, encerra nesta terça-feira, 23, o curso de Processamento de Frutas e Produção de Doces realizado na ilha do Combu, por meio do programa de qualificação profissional Donas de Si. Vinte moradoras da ilha, grande parte delas da comunidade de Piriquitaquara, fizeram o o curso como forma de buscar uma alternativa de renda, pois muitas dependem do movimento nos restaurantes da ilha aos finais de semana.
Entre os produtos desenvolvidos pelas alunas durante o curso está o licor de uxi, fruta disponível na ilha. O Donas de Si já superou a marca de 1.800 alunos concluintes de cursos variados nas áreas de gastronomia, estética, informática, gestão e moda.
As aulas aconteceram na cozinha cedida da famosa fábrica de chocolate Filha do Combu, pertencente à Izete Costa, mais conhecida como Dona Nena, que também está participando do curso. “A gente quer empoderar as mulheres da ilha, buscar qualidade de vida e renda. As pessoas daqui costumam sair em busca de trabalho em Belém. Mas a gente precisa de apoio para gerar renda dentro da floresta com os produtos da nossa biodiversidade, valorizando a nossa cultura, as nossas frutas”, defende Nena.
Ela própria já desenvolvia geleias e licores de frutas variadas mas, como disse, apenas com o “conhecimento empírico”. “Sempre tive vontade de me especializar na área”, completa. As alunas estão aprendendo a fazer cocadas, licores, geleias e compotas de vários sabores de frutas, além de ketchup, picles e banana chips.
A coordenadora-geral do Banco do Povo, Georgina Galvão, em recente visita ao local do curso, observou que o curso de Processamento de Frutas e Produção de Doces foi o primeiro ofertado pelo Donas de Si, quando o programa teve início, em junho de 2021. “Esse é um curso exitoso, que gerou bons frutos. Temos ex-alunas empreendendo e obtendo renda com a venda desses produtos, que valorizam os produtos regionais elaborando geleias de pimenta, de cupuaçu e outros sabores”.
Já a chefe de gabinete da Combel, Rose Reis, destaca que a iniciativa do curso partiu de Dona Nena, que buscava uma forma de conseguir esse curso para o Combu. “Sem dúvida, um diferencial do Donas de Si com o Senar é levar o curso até onde o público está, facilitando o acesso”.
