Mosaico: divulgação Belemtur
A cidade de Belém vai receber, entre os dias 8 e 12 de novembro, mais um grande evento nacional e internacional: o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBr-2023), realização do Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Prefeitura de Belém, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana (Codem) e outros órgãos municipais.
Para o evento, a capital do Pará foi desafiada pelo Ministério da Cultura para ajudar a organizar o eixo da economia criativa através da gastronomia. “Belém, como cidade criativa Unesco da gastronomia, desde 2015, tem um acúmulo construído ao longo desses anos, porque tem uma gastronomia muito bem articulada e consolidada em uma cadeia produtiva riquíssima com insumos e proteínas amazônidas, que será apresentada aos participantes durante o MICBr e que, certamente, vai gerar bons negócios e visibilidade para nossa cidade”, diz Lélio Costa, diretor-presidente da Codem.
Planejamento – Nesta quarta-feira, 20, foi realizada uma nova reunião de trabalho na sede da Codem, com a participação de Lélio Costa, o chef Fábio Sicília, consultor indicado pelo ministério da Cultura para acompanhar as demandas locais do evento e servidores da Diretoria de Desenvolvimento e Negócios (DDN/Codem).
O projeto principal apresentado pelo ministério da Cultura (MinC), em reunião anterior, e o levantamento das principais demandas, necessidades e logísticas a serem apresentadas ao governo federal, em Brasília (DF), em outubro próximo foram debatidos.
“O MICBr é um grande evento de alcance internacional, que visa promover encontro de diversos setores da economia criativa, empreendedores, tanto os que produzem, quanto os compram serviços desenvolvidos por essa economia. A Prefeitura de Belém é parceira de um grande evento sediado no Brasil, que vai dar visibilidade para Belém e para a Amazônia”, explica Lélio Costa.
Estratégia – Fábio Sicília destaca a importância do trabalho a ser realizado. “Meu papel é coletar informações e necessidades locais para levar ao Ministério da Cultura e, neste aspecto, a Prefeitura de Belém tem um papel fundamental, porque existem conteúdos e expertises no eixo da gastronomia criativa, que o MinC precisa saber para a gente fazer do MICBr um belíssimo evento. Vou cuidar para que essa estratégia flua super bem, para que Belém possa brilhar para o mundo, em particular para a América do Sul”, assegura Fábio.
Selo da Unesco – Desde 2015, Belém possui o selo de Cidade Criativa da Gastronomia, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), se tornando referência mundial em gastronomia.
Belém é a única da Amazônia a obter o selo da Unesco. O Brasil possui quatro cidades brasileiras de gastronomia criativa: Belém, Florianópolis, Parati e Belo Horizonte. A capital paraense tem uma das culinárias mais ricas e originais do país, com raízes indígenas e possui influências portuguesa e africana. Possui um caráter nativo com ingredientes baseados na fauna e flora amazônicas.
Mercado das Indústrias Criativas Brasileiras
O MICBr é um megaevento de negócios, que reúne empresas e empreendedores dos setores culturais e criativos do Brasil e de outros países. A iniciativa é uma ação conjunta entre o Ministério da Cultura e Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI) e parcerias institucionais como a Prefeitura de Belém.
Inovações – Depois de duas edições, a primeira em São Paulo, em 2018 e a segunda, virtual, em 2021, o MICBr 2023 terá novidades. Pela primeira vez, o mercado contará com rodadas separadas para cada setor das artes cênicas – circo, dança e teatro. Quem também estreia no evento, é o hip hop, segmento que foi contemplado, com sucesso, no edital do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas 2023, em junho.
Convidado de honra – A organização de mercados públicos de economia criativa se transformou em uma característica da América do Sul. Na última década, surgiram cinco mercados nacionais, na Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai, e um regional (Mercado das Indústrias Culturais do Sul – MICSUL). A iniciativa promove a cultura latino-americana e o comércio de bens e serviços culturais.
Em junho passado, Buenos Aires sediou a 7ª edição do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas (MICA), tendo o Brasil como convidado de honra. Com um investimento de R$ 1,4 milhão, o MinC levou 90 empreendedores nacionais para as rodadas de negócios e atividades formativas do evento. A programação artística também representou um apanhado da diversidade cultural do país.
Texto: Willys Lins, via Agência Belém
