Em entrevista exclusiva ao Jornal Nacional, na noite desta quinta (30), a ex-advogada dos delatores da operação Lava Jato, Beatriz Catta Preta, afirmou que se sente ameaçada após um de seus clientes, o empresário Julio Camargo, ter afirmado que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, teria recebido US$5 milhões de dólares em propina para que um contrato de navios-sondas da Petrobras fosse viabilizado.
Cezar Tralli/JN: O Julio Camargo, em seus primeiros depoimentos, não falava de Eduardo Cunha. (…) Por que isso não foi feito antes?
Beatriz Catta Preta: Receio. Ele tinha medo de chegar ao presidente da Câmara.
Cezar Tralli/JN: E o que o faz mudar de ideia?
Beatriz Catta Preta: A colaboração, a fidelidade, a fidedignidade da colaboração, o fato de que um colaborador não pode omitir fatos, não pode mentir, o levaram então, a assumir o risco, o risco que ele temia, e levar todos os fatos à Procuradoria Geral da República.
Fotoreprodução Jornal Nacional/TV Globo