Ruas alagadas, casas invadidas pela água, trânsito congestionado, perda de utensílios domésticos e saúde ameaçada. Quem ainda não presenciou essa situação dramática quando chega o longo período chuvoso em Belém?
Segundo o IBGE, a capital do Pará possui 85 quilômetros de canais, mas é sempre na periferia, onde vive a população de menor renda, que ocorrem situações de maior risco e prejuízos. E esse é o desafio do novo governo do prefeito Edmilson Rodrigues que tomou posse no primeiro dia do ano.

A nova secretária de Saneamento, Ivanise Gasparim, sinalizou as primeiras ações de governo, com um plano emergencial de limpeza para minimizar os transtornos provocados pelos alagamentos. “Nós vamos inovar nestas áreas e a cidade vai se surpreender. Vamos começar por um diagnóstico de todas as bacias, um plano para atacar os entraves”, afirmou a Secretaria. “É uma determinação do prefeito Edmilson que a gente aponte as soluções e há uma vontade política tanto do prefeito como do governador nessa parceria para encontrar soluções duradouras”.
A cooperação entre o Governo do Pará e Prefeitura de Belém, para enfrentar os alagamentos em 2021, chegou a ser anunciada pelo governador Helder Barbalho através de suas redes sociais, “Hoje, eu e alguns secretários do governo do estado reunimos com a equipe do prefeito eleito Edmilson Rodrigues para tratar da limpeza de canais e bueiros e assim, diminuir os alagamentos, em Belém, principalmente agora, que começa o inverno amazônico. Além disso, vamos trabalhar em parceria para sanar de vez, através de obras estruturantes de infraestrutura e saneamento, os transtornos causados pelos alagamentos na capital”, afirmou.
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Valendo destacar, os prejuízos materiais e os danos de ordem moral resultantes dos constantes alagamentos e inundações sofridos por significativa parcela da população de Belém habitante na Bacia do Una, área geográfica que equivale a 60% do sítio urbano da capital paraense, que no período de 1980 a 2005 sofreu a intervenção do Projeto de Macrodrenagem, quando foi edificado um conjunto de obras agrupado em três grandes sistemas: o de Saneamento, o Viário e o de Macrodrenagem (17 canais, 6 galerias e 2 comportas).
O Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una foi avaliado em 312.437.727 milhões de dólares, sendo que deste total, US$ 169.495.067 ou 54,2%, financiados pelo Estado do Pará e US$ 142.942.660 ou 45,8%, financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Os responsáveis pela execução do referido projeto foram o Estado do Pará, através da Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA), a Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saneamento (SESAN) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), como órgão financiador.
Desde a gestão do ex-Prefeito Duciomar Gomes da Costa até a gestão do ex-Prefeito Zenaldo Rodrigues Coutinho Júnior, que tal circunstância tem sido o reflexo da omissão, do abandono e da falta de responsabilidade por parte da Prefeitura Municipal de Belém, com relação à conservação e a manutenção do conjunto de obras de um projeto que chegou a ser considerado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como a maior reforma urbana da América Latina.
O Projeto de Macrodrenagem da Bacia do Una não foi apenas uma complexa obra de engenharia pautada para atender somente as questões de ordem sanitária, mas sim um empreendimento fundamentado sobre três pilares: o saneamento básico, a renovação urbana e a promoção socioeconômica, visando à melhoria da qualidade de vida de 600 mil pessoas ou aproximadamente 120 mil famílias, distribuídas em 20 bairros.
Sou admiradora da gestão pública do nosso prefeito Edmilson Rodrigues, moradora da Rua Jabatiteua, todos os anos sofremos com as enchentes na rua, ano passado foi pior, o volume de água foi maior. Outro problema que enfrentamos é o transporte coletivo, existe só uma linha, muito tempo na parada aguardando ônibus sujos e sucateados .