Ar condicionado, bilhete único e quebra de monopólio: o que prevê a licitação do transporte de Belém

Terminada no dia 25 de junho, a consulta pública sobre o edital de licitação do Sistema de Transporte Público Coletivo de Passageiros do Município de Belém registrou a visita de 18 mil usuários e as sugestões estão sendo sistematizadas e avaliadas pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB).

O edital contem questões importantes que devem mudar substancialmente a qualidade do transporte na capital paraense, como por exemplo, a quebra do monopólio das empresas. Hoje, elas são divididas por linhas, monopolizando o serviço que é prestado. Com a licitação, a ideia é que o serviço de transporte seja dividido em 2 lotes, garantindo “flexibilidade de veículos para qualquer linha”. Ou seja, isso quebra a dependência das pessoas de uma única empresa, que hoje controla aquela linha.

Outro item importante é a implementação de bilhetagem eletrônica, o famoso bilhete único. Através da modernização, será possível a integração temporal de linhas, como já ocorre em outras cidades do país. O edital também prevê a adoção de tecnologias para melhorar o controle sobre a frota, o uso de aplicativo de mobilidade e a segurança dos usuários, através de rastreamento e câmeras nos ônibus,

Devido ao alto custo de novos ônibus, a ideia é que a implementação do ar condicionado seja feito de forma progressiva, com 20% nos primeiros 02 anos e a inserção de 5% da frota com ar condicionado a cada ano subsequente.

Atuando através de relação precária nos últimos anos, o edital prevê um contrato de concessão com regras claras, o que permite que a Prefeitura de Belém cobre das empresas, judicialmente se for o caso, a prestação de serviços adequada à população. Hoje, devido à fragilidade da relação, a maioria das ações judiciais ingressas pelo poder público acabam sendo perdidas, em desfavor da cidade.

 

Uma resposta para “”

  1. A direção da SEMOB precisa melhorar muito. Atualmente, ignora as manifestações da população através do “fale conosco”, que é disponibilizado no portal da entidade, mas não funciona.

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