Ex-Ministro da Educação, Milton Ribeiro, com Bolsonaro em cerimônia realizada em fevereiro em Brasília — Foto: Cláudio Reis/Estadão Conteúdo
Após escândalo no MEC (Ministério da Educação), que acabou resultando na prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, a equipe de pré-campanha de Jair Bolsonaro (PL) tem discutido deixar o tema da corrupção em segundo plano na campanha eleitoral. As informações são das jornalistas Marianna Holanda e Julia Chaib, da Folha de São Paulo.
No dia da prisão de Ribeiro, a estratégia ganhou pauta entre a equipe de comunicação do Palácio do Planalto, em reuniões com seu aliados. As investigações sobre a montagem de um balcão de negócios no MEC se transformou num verdadeiro calcanhar de aquiles do discurso anticorrupção dos bolsonaristas.
Integrantes da equipe de pré-campanha de Bolsonaro disseram à Folha que pesquisas internas do PL têm mostrado que corrupção não é, atualmente, um fator preponderante no debate para os eleitores na hora do voto.
Diante disto, uma ala da equipe de campanha tem defendido que Bolsonaro reduza falas sobre esse tema e tente focar na apresentação de uma agenda positiva. Eles acreditam que dar centralidade ao assunto corrupção não trará votos adicionais e pode desgastar o presidente.
Após bater nessa tecla por anos, Bolsonaro pode ser alvo agora de uma nova CPI—senadores articulam a instalação de comissão para apurar as suspeitas na pasta da Educação.