Empresário sustentava vida de luxo com extração de ouro ilegal em Itaituba

Uma reportagem da Folha mostrou neste fim de semana a apuração da Polícia Federal na Operação Ganância, cujo alvo foram atividades de extração ilegal de ouro em área pertencente ao município de Itaituba, interior do estado.

Imagens anexadas pela PF aos autos, mostram as áreas de floresta que foram devastadas pelos criminosos. A polícia constatou que lá foram construídos barracos, galpões e outras estruturas utilizadas para exploração do local. O registro fotográfico revela também a existência de um lago de rejeitos, outro indício da atividade exploratória ilegal.

Área de floresta no Pará de quase 200 hectares devastada pelo grupo investigado por exploração ilegal de ouro, segundo inquérito da PF que respaldou a Operação Ganância – Reprodução/Inquérito da Polícia Federal

A polícia estima em R$ 300 milhões o impacto ambiental causado pela atuação do grupo suspeito na região de Itaituba, considerando o desmatamento, assoreamento de cursos d’água e contaminação por mercúrio.

Vida de luxo

Com uma licença que permitia apenas fazer pesquisa, os empresários extraíram de forma ilegal ouro e devastaram extensa área de floresta. “Embora se trate de uma simples autorização de pesquisa, verifica-se que os investigados vêm, de fato, explorando ilegalmente o local”, afirmaram os policiais no inquérito que respaldou a Operação Ganância.

Conforme mostrou a reportagem da Folha, um dos suspeitos, o empresário Márcio Macedo Sobrinho, sócio da Gana Gold, atual M.M Gold, ostentava uma vida de luxo no interior do Pará.  As investigações revelaram movimentações milionárias em suas contas bancárias e gastos com helicópteros, lanchas, caminhonete importada e uma festa de casamento embalada ao som de duplas sertanejas famosas. As empresas de Sobrinho teriam movimentado a inacreditável quantia de 16 bilhões de reais, apontou a polícia. 

“Foi revelada uma movimentação de quantias bilionárias pelo grupo criminoso, com depósitos e saques milionários em espécie, empresas de fachada e transferências bancárias entre envolvidos”, afirmou a PF.

Os investigadores também anexaram ao documento do inquérito fotos de bens de luxo do empresário, todos com um adesivo com sua logomarca particular: a MM, primeiras iniciais do seu nome. Entre as fotos juntadas no relatório pelos investigadores estão uma lancha com o nome “Garimpeiro”, caminhonete importada, helicóptero e aviões. Outro bem que a PF aponta para a vida de luxo de é a mansão em Novo Progresso (PA).

 

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