As balsas foram encontradas ao longo do rio Curuá. Garimpeiros fugiram ao ver chegada dos policiais | Divulgação Polícia Federal
Uma operação batizada de “Mercúrio”, parte da Operação Guardiões do Bioma, comandada pela Polícia Federal e com participação do Ibama, ICMbio, Funai, Censipam-MD e Força Nacional ocorrida nos dias 8, 9 e 10 de julho, deflagrou uma série de ações de combate a extração ilegal de ouro na região do sul do Pará.
Nestes dias, foram destruídos seis balsas e seis motores usados no garimpo ilegal na Terra Indígena do Baú, sul do Pará, área do município de Novo Progresso. O foco principal foi a destruição dos garimpos Pista Nova, Coringa e Jurandi, encontrados ao longo do rio Curuá.
No primeiro dia, a operação apreendeu 12,5 gramas de ouro provindos de um garimpeiro que foi multado em aproximadamente R$ 1 milhão pelo IBAMA. Além disso foram queimadas três balsas utilizadas no crime, uma delas avaliada em 2 milhões de reais.
No segundo dia, a PF mirou os garimpos Coringa Nova, Coringa Sul, Pista Nova e Novo Horizonte, onde foram apreendidos 30,3 gramas de ouro. Foram inutilizados motores que serviam de instrumentos à extração de ouro e centenas de litros de combustível.
Já no último dia da operação, domingo, outras três balsas foram desativadas, com apreensão de 40g de ouro e 23 de munições. Os garimpeiros fugiram ao ver a chegada da Polícia. Ninguém foi preso.
A operação tem como um dos objetivos acabar com o conflito entre dois grupos indígenas Kayapó presentes na região: uma minoria que não se opõe à presença dos garimpeiros (sobre a qual recaem indícios de aliciamento devido recebimento de parte do produto do garimpo ilegal) e um grupo maior que é contra essa presença.
A extração de ouro feita de maneira irregular e sem fiscalização pode causar danos graves e muitas vezes irreversíveis ao ecossistema amazônico que atingem os rios, a fauna e flora, além de ameaçar o modo de vida e sobrevivência dos povos indígenas. A Polícia Federal continua o trabalho de investigação e combate ao desmatamento no interior da Terra Indígena Baú.
Com informações de DOL.
edição Ju Abe
