Belém, 407 anos: seminário revive história da Cabanagem

Divulgação

A Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria Antirracista (Coant), realiza nos dias 24 e 25 de janeiro o seminário “Realianças Cabanas”. A programação faz parte das comemorações dos 407 anos da capital paraense, celebrado no dia 12 de janeiro.

Os dois dias de programação serão realizados no auditório da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas do Pará (Sedap), localizado na travessa do Chaco. O seminário inicia sempre pela parte da manhã, a partir das 9h.

Negro e indígenas no movimento cabano

Com o tema “História e memória dos povos indígenas e negros na grande revolução amazônica (1835-2023)”, o seminário tem o objetivo de servir como pesquisa acadêmica e reposicionar a participação de negros e indígenas no Movimento Cabano, explicou a coordenadora da Coant, Elza Rodrigues.

“Dentro desta perspectiva de um seminário com estudos, pesquisas, dissertações, investigações e teses de doutorado, ele contribui para a quebra de um paradigma centrado apenas em uma narrativa. Por isso, é necessário termos esse tipo de estudos com outras narrativas para contribuir com a visibilidade dessas populações, pois esses grupos, historicamente, estão invisibilizados na história oficial da sociedade brasileira. E outro aspecto relevante, é que, além de ter professores doutores, vamos ter uma nova geração de pesquisadores mostrando suas pesquisas, como jovens quilombolas, indígenas e negros” , enfatiza Elza.

História – Dentro da programação do seminário serão realizadas palestras, debates, mostras de vídeos, tudo com conteúdos voltados na participação da população quilombola e indígena durante o movimento cabano.

Serviço – O seminário “Realianças Cabanas ” será realizado na terça-feira, 24, e quarta-feira, 25, a partir das 9h, no auditório da Sedop, localizado na travessa do Chaco, entre as avenidas Almirante Barroso e Rômulo Maiorana.

Programação:

Terça-feira, 24:

9h – Abertura;

9h30 – Mesa Inaugural: Belém e sua gente revolucionária cabana, com a historiadora Magda Ricci;

10h30 – Debates;

10h45 – Negros e Índios: resistência popular na Amazônia colonial com o professor de história José Alves Júnior;

11h15 – O protagonismo indígena na cabangem e no levante dos Tupinambás, com a curadora e pesquisadora Moara Tupinambá;

11h45 – Debates

Quarta-feira, 25:

9h – Saudando nossa ancestralidade;

9h15 – Mostra de vídeo: Belém Rebelde, de Célia Maracajá;

9h45 – 1° Mesa: Registros documentais da Cabanagem no Arquivo Público do Estado do Pará, com o historiador r especialista em patrimônio público e cultural, Leonardo Torri;

10h15 – 2 Mesa: Histórico e formação sócio-cultural do território quilombola de Sucurijucuara, com a antropóloga e presidenta da Associação da Comunidade Quilombola de Sucurijucuara, Roberta Maria Barbosa do Vale;

10h45 – 3 Mesa : Apagamentos e complexidades da presença indígena na Cabanagem, com o engenheiro agrônomo e educador ambiental, Poraquê Munduruku;

11h15 – 4 Mesa: Mulheres indígenas. O protagonismo, lutas, resistência e o período da Cabanagem. Com a participação da escritora e geógrafa Marcia Kambeba;

11h45 – Debates, resoluções e encaminhamentos.

Inscrições podem ser feitas no link baixo:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeq4vwrAiLmYs-2uWftcsTG9_k6t-Ns3Ny13JCMWjHQKBht6A/viewform

Texto: Victor Miranda, via Agência Belém

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