Só “migué”: Bolsonaro posava comendo pastel , mas no Planalto ostentava cardápio luxuoso

Ex-presidente gostava de ser fotografado comendo alimentos populares, mas fez gastos como picanha, camarão e bacalhau no cartão corporativo/ Reprodução

Diário do Centro do Mundo- Notas fiscais do cartão corporativo de Jair Bolsonaro mostram um cardápio gourmet que Bolsonaro ostentava no Palácio do Planalto. Entre as aquisições, há itens como picanha, filé mignon, camarão e leite condensado.

Os alimentos são completamente diferentes dos consumidos pelo ex-presidente quando era “flagrado” comendo churrasquinho com farofa, cachorro quente e pastel.

De acordo com informações do Estadão, o dia 7 de junho de 2019, foram comprados 6,3kg de picanha maturatta, 15kg de filé mignon sem cordão e ainda peças de costela defumada, batata palha, potes de palmito e azeitona. Já em abril de 2019, foram adquiridos 4,2kg de camarão rosa, 7,2kg de bacalhau e 10,8kg de filé de robalo.

Em um intervalo de um ano, o ex-presidente comprou cerca de 14 compras de picanha, 47 de mignon e 15 de bacalhau. Vale destacar que o cartão corporativo pode ser usado para esse tipo de despesa, no entanto, o ex-capitão costumava dizer que não utilizava o método de pagamento.

Além disso, funcionários encarregados de fazer as compras do Alvorada frequentavam quase que diariamente o “La Palma”, mercado gourmet em Brasília com produtos para a alta gastronomia. Foram feitas ao menos 1,2 mil compras neste mercado durante o governo Bolsonaro.

Também constam 19 idas ao Outback, totalizando R$ 5,7 mil, equivalente a R$ 300 por vez. A última visita do ex-presidente ao restaurante foi às vésperas do fim de seu mandato, em 17 de dezembro de 2022.

Também existem notas fiscais de compras de medicamentos feitos no cartão corporativo da Presidência. Os dados mostram que o governo Bolsonaro adquiriu medicamentos para depressão e ansiedade, como o Rivotril, para problemas de pele e para gastrite.

O cartão corporativo pode ser utilizado para comprar comida e medicamentos. No entanto, Bolsonaro afirmou nas lives semanais que realizava durante seu governo que não usava o método de pagamento para consumir este tipo de alimentos.

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