O Regional Norte II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – sediado em Belém – expressou, ontem, por meio de uma nota, a sua preocupação com a segurança dos missionários e missionárias defensores dos Direitos Humanos que trabalham no Pará e Amapá, que estão ameaçados de morte, mas “não estão recebendo a devida proteção do Estado”.
A nota cita matéria publicada na revista Carta Capital, na edição de 9 de março, em que a irmã Maria Henriqueta Cavalcante, da Comissão de Justiça e Paz do CNBB-2, aparece como umas das 13 pessoas ameaçadas de morte no Pará (incluindo bispos, religiosos e leigos) que não estariam recebendo a devida proteção, apesar dos pedidos já feitos e da inclusão dela no Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, do Governo Federal, realizado em parceria com os Estados
A nota denuncia que já foi solicitado à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) proteção aos defensores de direitos humanos e que os pedidos já foram autorizados, “mas até o momento não receberam a devida assistência do poder público”.
À Carta Capital, o defensor público Márcio Cruz, coordenador regional do Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, afirma que somente sete militantes são protegidos no Pará por “falta de estrutura”.
O QUE DIZ A SEGUP
O secretário de Segurança Pública do Estado, Luiz Fernandes Rocha, informou que um policial civil já foi destacado para acompanhar a irmã Henriqueta. Ele reconheceu que o Estado “não tem policiais suficientes para cada um dos ameaçados”. “Os policiais estão se desdobrando para atender a população, mas não dá para fabricar policiais”,
O secretário disse que não recebeu até agora pedidos de apuração das ameaças.
Fonte: Diário do Pará