Pará – Poderosos grupos econômicos e políticos estão por trás da proposta separatista.

Nota do PSOL/PA – A DIVISÃO DO PARÁ NÃO RESOLVERÁ OS PROBLEMAS DO POVO

O Pará vive a ameaça da divisão. Em recente decisão a Câmara dos Deputados aprovou a realização de um plebiscito para aferir a vontade popular acerca da questão. O PSOL entende que a divisão do Pará não resolverá os graves problemas do povo paraense. Ao contrário, poderá agravá-los ainda mais, porque se pretende manter e aprofundar nestas novas unidades federativas o mesmo modelo excludente e devastador que está na raiz das mazelas sociais existentes em nosso Estado.
Por outro lado, o PSOL reconhece que o desejo de separação é motivado pelo sentimento do mais completo abandono, por parte dos governos (PSDB, PMDB e PT), em relação aos municípios do interior. O Pará é um estado rico, de povo pobre. São quase 1,5 milhão de pessoas vivendo na mais absoluta miséria. Além disso, as políticas públicas de saúde, saneamento, educação, segurança, transporte e infraestrutura não atendem às mais elementares necessidades da população, tanto da capital, quanto das regiões mais distantes. Enfim, é evidente também que poderosos grupos econômicos e políticos estão por trás da proposta separatista.
É neste contexto que boa parte da população destas regiões é a favor da separação, esperançosa de que o abandono tenha fim. Muitos acreditam que a miséria tem origem no tamanho do estado. Se assim fosse, estados como Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro seriam verdadeiros paraísos. O PSOL acredita que a questão não é geográfica, mas política. Não é verdade que a capital do estado fique com as “riquezas” provenientes do interior. Belém é uma cidade pobre, que ainda padece de muitas mazelas sociais. Quem fica com o dinheiro são as grandes empresas, as oligarquias e os corruptos, que desviam dinheiro público para suas contas milionárias, vide o escândalo da ALEPA e das recentes denúncias de desvio de royalties por prefeituras de cidades do sudeste do estado. A divisão, além de não resolver efetivamente o abandono, vai custar muito caro aos cofres públicos. Serão mais de 5 bilhões de reais ao ano. Dinheiro que poderia ser usado em políticas públicas e obras para o povo.
Por tudo isso, apesar de contrário à divisão do estado o PSOL é favorável à realização do plebiscito. Os socialistas não temem o debate com o povo. Será preciso, contudo, assegurar medidas que garantam de fato, a democratização do debate, para evitar manipulações da vontade popular, inclusive assegurando que a totalidade da população paraense possa decidir qual o melhor caminho a trilhar.

PSOL/Pará

2 respostas para “Pará – Poderosos grupos econômicos e políticos estão por trás da proposta separatista.”

  1. Concordo com o texto, o plebiscito é válido, o que precisa ser garantido é o debate livre e desapaixonado. Muitas pessoas com quem conversei acham que a divisão é uma receita mágica que resolverá todos os problemas dos novos estados. Quem acha que o povo de Belém e região metropolitana fica com a riqueza dos “royalties”, precisa se informar melhor. Algumas dessas pessoas jamais vieram a Belém, se vieram, não foram às periferias, não andaram nas ruas esburacadas, não entraram na fila do PSM da 14. Se eu for à Parauapebas e só passear pelo núcleo na serra, pra visitar o zoológico, vai parecer que todo mundo vive muito bem. Estive em Santarém recentemente, reduto eleitoral de Lira Maia e tudo o que vi e ouvi foram reclamações da herança que ele deixou.
    Eu realmente gostaria de ver as contas feitas por estas ditas “lideranças políticas” e seus projetos com projeções de custos, cronogramas de implantação de melhorias, aspectos práticos, argumentos concretos que me convençam que todo este sacrifício aos cofres públicos realmente trará benefícios à população dos novos estados e não apenas aos políticos, grandes empresas e latifundiários que, com certeza absoluta, serão beneficiados!

  2. o Brasil não precisar mais de politico , mas sim de politica correta, valeo psol vamos as ruas

Deixe uma resposta