Vadias de Belém saem às ruas para protestar

Alegria, ironia e muita vontade de lutar reuniu cerca de duas mil pessoas que participaram da Marcha das Vadias, realizada no domingo (28), em Belém.


O domingo de sol na capital paraense, deu lugar à Marcha de ativistas, em sua maioria estudantes; vegetarianos, ambientalistas contrários à construção da hidrelétrica de Belo Monte; entidades das mais variadas representações de mulheres, prostitutas e sindicalistas, que ocuparam as ruas do centro da cidade, saindo da praça Pedro Teixeira (Estação das Docas), seguindo pela avenida Presidente Vargas, até a praça da República, onde encerrou com uma mística [apresentação teatral], em frente ao Teatro da Paz.

“Se o papa fosse mulher o aborto seria legal!, seria legal, seria legal!”, desta forma, através de dezenas de vozes, entoadas como verdadeiros hinos, cantados durante toda a Marcha, os participantes poderam se expressar. 

A senadora Marinor Brito (PSOL-PA), que está no Rio de Janeiro, participando de um seminário sobre Direitos Humanos, manifestou apoio às mulheres paraenses.

-Acompanhei a linda marcha das mulheres lutadoras do Pará, que para além do preconceito reafirmaram a vontande de lutar, com alegria e ironia por um mundo onde todas nós sejamos respeitadas e reconhecidas como seres-humanos, capazes de enfrentar qualquer desafio. Estou muito emocionada e orgulhosa com as companheiras paraenses, disse em seu perfil na rede social facebook.

História
A Slut Walk ou Marcha das Vadias teve inicio no Canadá, em resposta a conduta machista de um policial que declarou que as mulheres eram vítimas de ataques sexuais, pois se “vestiam como vagabundas”. A partir daí, inúmeras manifestações surgiram em todo o mundo. No Brasil, a cidade de São Paulo foi a primeira capital brasileira a organizar a Marcha, seguida por Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, Brasília, Salvador e no dia de hoje, Belém.

Belém
As mulheres saíram às ruas com o objetivo de reafirmar a autodeterminação sobre os seus corpos e para combater a sociedade que as educa para não serem estupradas, porém não ensina a NÃO estuprar.
Agora é a nossa vez de sair às ruas em Belém, diz a convocação feita via a rede social facebook.

Fonte: Marinor Brito

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