Jatene e Ana Júlia tem em comum o desprezo pelo servidor público efetivo

José Emílio Almeida [Asconpa]

Quando assumiu o mandato, em janeiro deste ano, o governador do Pará, Simão Jatene, em diversas ocasiões, declarou que trataria como prioritárias em seu governo, as áreas de Segurança, Saúde e Educação.
Um alívio para os aprovados nos concursos públicos realizados pela ex-governadora Ana Júlia Carepa, que, apesar de estarem há anos aguardando nomeação, ainda tinham as suas vagas ocupadas por servidores temporários.
Passados nove meses, Jatene age da mesma maneira que sua antecessora, ignorando os concursados e contratando uma enxurrada de comissionados e temporários.
O que fez Ana Júlia e é repetido por Jatene, faz parte de uma cruel política de indiferença para com os servidores efetivos do Estado, que possuem estabilidade para exercerem suas atividades, independente do partido político de quem está governando o Estado.
E, especialmente aqui no Pará, devido à carência de servidores efetivos, o que se vê é o aumento da criminalidade, o precário atendimento nos hospitais e a violência entre alunos nas escolas públicas, já que entre os concursados que aguardam chamada, existem, por exemplo, Delegados (aprovados no Concurso Público C-149 da Polícia Civil), enfermeiros e técnicos em Enfermagem (aprovados nos concursos C-131 e C-153 da Sespa) e técnicos em Educação, profissionais com formação em Pedagogia (aprovados no concurso Público C-125 da Seduc). Todos esses concursados foram aprovados em certames realizados entre os anos de 2008 e 2010.
Para se ter uma ideia da indiferença do atual governador, em relação aos aprovados em concurso na área da Saúde, o Hospital Ofir Loyola realizou concurso público no ano passado, ofertando 339 vagas para médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, entre outros, mas, em vez de nomear os aprovados, todos os dias um grande número de pessoas, indicadas pelos políticos que apoiaram Jatene na última eleição, são contratadas.
Irregularidade que ocorre também nos hospitais regionais do Estado, como o de Santarém, que foi entregue pelo governo para ser administrado pela empresa PróSaúde, mascarada de Organização Social, que se recusa a nomear os aprovados no concurso público C-131, realizado pela Sespa em 2008.
A Asconpa já recorreu ao Tribunal de Justiça do Estado (TJE-PA), através de mandados de Segurança, mas, apesar de comprovarmos a existência destas contratações irregulares, inexplicavelmente, os desembargadores indeferem as nossas ações.
Simão Jatene e Ana Júlia Carepa têm em comum, entre outras maldades, o desprezo pelo servidor público efetivo – que após serem nomeados com muita luta – sofrem com baixos salários e más condições de trabalho. Já os comissionados e temporários, tem ingresso fácil e se multiplicam com rapidez na administração pública estadual.

José Emílio Almeida
Presidente da Associação dos Concursados do Pará (Asconpa)

Uma resposta para “Jatene e Ana Júlia tem em comum o desprezo pelo servidor público efetivo”

  1. isso e verdade pricipalmente na area da educação mas nada ele fez ficou a mesma coisa
    eu estudo o modulo mas e uma perda de tempo porque ate agora tivemos duas materias isso mesmo dia 18/10/2011. e as outras so ano qure vem . e ate la estarei fazendo o segundo ano ainda ;local casa de tabua ou sawanopolis. região sul do para .por isso que eu defendo a criação do estado do carajás.

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