Reforma política: votação é adiada em comissão especial
A votação da proposta que trata da reforma política foi adiada na Comissão Especial da Câmara, em reunião realizada na tarde desta quarta-feira 5. O adiamento foi solicitado pelo próprio relator, deputado Henrique Fontana (PT/RS), que teme ter seu parecer negado, devido a divergências. O relator receberá sugestões até o dia 20 de outubro.
Ontem, ato no auditório Nereu Ramos em defesa da reforma política reuniu parlamentares e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), da União Nacional dos Estudantes (UNE) e de centrais sindicais.
Em discurso, o deputado Ivan Valente defendeu o financiamento público exclusivo de campanha, o fortalecimento dos partidos e o fim das coligações proporcionais. Na opinião do deputado estes três pontos são essenciais para a reforma política no Brasil.
O financiamento privado nas campanhas eleitorais é, segundo o deputado, um dos fatores da incentivam a corrupção no país e instituir o financiamento público colaboraria neste combate. “Temos que acabar com a influência do poder econômico no processo eleitoral e admitir que há pressão de grupos empresariais depois, que se tornam obras superfaturadas e licitações de cartas marcada”.
Ivan Valente destacou também a necessidade de fortalecimento dos partidos políticos, que devem ser programáticos, ideológicos e com participação popular, e a importância do fim das coligações proporcionais. “Lutamos por uma reforma política com participação popular”, enfatizou.
Uma resposta para “Financiamento privado nas campanhas eleitorais incentiva a corrupção no país”