
No Primeiro turno das eleições à prefeitura de Belém, o então candidato do PSDB, Zenaldo Coutinho, prometeu em seu programa eleitoral construir cinco creches na cidade. No segundo turno refez os números e aumentou para 10 creches. Em debate realizado em uma TV paraense com o ex-prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), o candidato Zenaldo Coutinho em resposta à pergunta do mediador sobre: “Quantas creches seriam construídas na primeira metade do governo” respondeu que seriam 35 creches. Ou seja, 70 em 4 anos. Um compromisso falacioso, contraditório e de má fé eleitoral.
Ao comentar a resposta do tucano, Edmilson Rodrigues, arquiteto e professor deixou Zenaldo desconcertado ao explorar suas contradições e o seu completo desconhecimento em relação ao tema. Sequer sabia o candidato tucano as metas do Plano Nacional de Educação, que deveria levar em conta as 90 mil crianças na idade infantil, com a inclusão de pelo menos de 31 mil e 200 crianças nos próximos 4 anos. Claro, Zenaldo chutou números por conveniência e apostou na ignorância do eleitorado.
Agora, próximo de completar seis meses como prefeito e sem ter o que mostrar, segue sem rumo e com falas genéricas sobre os gravíssivos problemas que atingem a cidade e seus cidadãos.
Neste caldo de abandono, nenhuma creche, das aproximadade 8 ou 9 prometidas para o semestre, foram construídas e as que existem, também não foram reformadas. Pelo contrário, no quesito proteção às crianças e adolescentes a cidade é o flagrante do descaso. Esta situação levou o deputado Edmilson Rodrigues a denunciar que desde a semana passada quatro conselhos tutelares do total de sete que existe em Belém fecharam as portas devido à completa falta de estrutura para funcionar. Faltam motoristas, servidores administrativos, psicólogos, assistentes sociais e até faxineiros. Também faltam internet, papel e tinta, entre outros materiais de expediente.
O ECA prevê que haja um conselho tutelar para cada 100 mil habitantes, mas Belém está muito distante dessa realidade. Por esses padrões, a capital paraense deveria ter pelo menos 15 conselhos tutelares e não apenas sete e que, ainda, estão funcionando em condições muito precárias.
Como se vê, mais uma vez é o povo pobre que paga o custo dessa falsificação. Belém não precisa de mágico ou garoto propaganda de obras e serviços não realizados. A cidade precisa é de governo, de gestão séria e competente para enfrentar os problemas e buscar com o povo suas soluções.
É o que se quer!