Alguns professores efetivos da UFPA utilizam Lei Aldir Blanc e tiram oportunidade de artistas desempregados

Um fato que está gerando revolta no segmento cultural no Pará, é de que há professores efetivos da Universidade Federal do Pará que estão escrevendo projetos para serem analisados afim de receber recursos da Lei Aldir Blanc. Acontece que estes profissionais têm média salarial de 12 a 20 mil reais mensais. A lei surgiu com o propósito de ajudar os fazedores de cultura em momentos difíceis economicamente, por conta da pandemia há muitos profissionais do segmento cultural desempregados e sem renda alguma. A intenção da Lei está no próprio site: “A Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural surgiu com o objetivo de auxiliar trabalhadoras e trabalhadores da Cultura bem como espaços culturais brasileiros no período de isolamento social, ocasionado pela pandemia da covid-19”.

Embora haja brechas no edital em relação à renda dos integrantes do projetos a serem analisados pela lei, o que se percebe é a falta de empatia com aqueles fazedores de cultura que estão sem proventos e não conseguiram ter o projeto aprovados, pois a Lei Aldir Blanc não consegue aderir a todos. Apesar desses professores também fazerem cultura, percebe-se que há toda uma quebra de discurso de igualdade social e de apelo pelo fim da corrupção, essa é a revolta de muitos que fazem da arte o seu ganha pão em tempos tão difíceis ao qual o país enfrenta. Por conseguinte, o destaque do site da lei: “Edital criado para promover a redistribuição do recurso que sobrou da Lei Aldir Blanc, equivalente a R$ 3.9 milhões. Contempla 130 propostas culturais no valor de R$ 30 mil cada, abrangendo as 19 linguagens representadas no Comitê de Emergência Cultural do Estado.”

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