No momento em que cidades estão parando de vacinar contra a covid-19 por falta de doses, o Ministério da Saúde deverá ter 5,6 milhões das 11,3 milhões de doses de imunizantes esperadas para o mês de fevereiro. A informação foi divulgada pelo portal UOL, neste domingo (21).
O número equivale a 49,5% da previsão feita pelo ministro Eduardo Pazuello em reunião com governadores na quarta-feira (17). A quantidade de doses pode ser ainda menor porque as que virão da Índia não têm data de chegada prevista. Quando o ministério apresentou os números aos governadores, já se sabia que as quantidades indicadas não seriam atingidas.
A principal falha do cronograma apresentado por Pazuello aos governadores está na CoronaVac. O Ministério diz que terá 9,3 milhões de doses do imunizante, distribuído no Brasil pelo Instituto Butantan. Porém, ao final de fevereiro, o Butantan estima que terá entregue 3,6 milhões ao ministério para distribuir aos estados.
Pazuello também apresentou uma previsão de receber 2 milhões de doses da vacina de Oxford, vindas da Índia e produzidas pelo Instituto Serum, ainda este mês. Mas há um problema: a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), responsável por este imunizante no Brasil, não tem a data exata da entrega. A Fundação diz apenas que esse lote deverá desembarcar em território brasileiro até o final desta semana.
O governador do Pará, Helder Barbalho, chegou a anunciar a quantidade de 1,5 milhão de doses de vacinas contra a Covid-19 até o dia 30 de março. A informação foi repassada pelo próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em reunião na quinta-feira (17), em Santarém. Mas esse quantitativo tem tudo para ficar só na promessa.
Este ano, o ministério só distribuiu 11,8 milhões de doses para o país. A quantidade é insuficiente para atender os grupos prioritários da fase 1 do plano de imunização.
Com informações do UOL