SDDH encaminha pedido urgente de proteção à comunidade atacada por pistoleiros em Anapu, na última quarta (11)

Deputada Marinor Brito (PSOL) disse na ALEPA que a comunidade vive em território reconhecido pelo INCRA e que, influenciados por Bolsonaro, os invasores querem transformar o Pará em “terra sem lei”

A Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) encaminhou um pedido urgente de proteção das 54 famílias que vivem na comunidade do Lote 96 da Gleba Bacajá , em Anapu.

O pedido é referente a um ataque à comunidade, acontecido na última quarta-feira (11), em Anapu. Duas casas de famílias foram invadidas e incendiadas por cerca de dez pistoleiros encapuzados e fortemente armados, por volta das 11h. As famílias, que foram expulsas das casas, ficaram cerca de uma hora e meia  sob a mira dos pistoleiros, enquanto tentavam salvar seus pertences. Apesar da violência, não houve registro de feridos.

“Diante da gravidade da denúncia, solicitamos que sejam tomadas as medidas cabíveis ao caso, com envio de força policial que prenda e atue em flagrante as pessoas responsáveis por tais ataques, sejam pistoleiros, ou fazendeiros”, diz o documento do SDDH, encaminhado ao gabinete do secretário de Segurança Pública, Ualame Machado.

Nesta segunda-feira (16), em pronunciamento  na Assembleia Legislativa do Estado, a deputada Marinor Brito (PSOL), cobrou providencias em relação aos ataques sofridos pelos moradores.

“Estimulados pelo governo fascista, os homens que estão se achando os donos do mundo, do Brasil e das terras dos povos da Amazônia, invadiram o Lote 96 da Gleba Bacajá pra cumprir uma reintegração de posse. Eu quero lembrar aqui aos senhores deputados e deputadas e os que estão nos ouvindo, que está suspenso pelo STF, as reintegrações de posse, estão suspensas até a segunda ordem. Mas, deputado Toni Cunha, alguns acham que isso tem que se tornar terra sem lei”, disse a psolista, dirigindo-se ao bolsonarista Toni Cunha que defende os interesses de poderosos nos conflitos de terras , no Pará.

Com informações de Amazônia Real e redes sociais Marinor Brito

 

Deixe uma resposta