Imagem: reprodução UOL
O Deputado Federal Éder Mauro (PL/PA) perdeu o controle e novamente usou a tática bolsonarista de espalhar notícias falsas para camuflar os fatos, durante reunião de comparecimento do Ministro da Educação Victor Godoy Veiga junto à Comissão de Educação do Congresso Nacional, ocorrida no último dia 11.
O representante da ala bolsonarista do Pará ficou exaltado após as cobranças dos deputados da Comissão ao Ministro da Educação, que citaram a corrupção intensa na área, ocorrida durante o governo Bolsonaro.
“Falando sobre corrupção, a gente tá falando sobre a licitação de ônibus superfaturados, a gente tá falando sobre superfaturamento em 26 milhões em kits de robótica…Quando a gente fala sobre esse ‘gabinete paralelo’ , de acordo com as reportagens e com as denúncias, a gente tá falando de algo gravíssimo, pastores que agiam como lobistas, que são próximos à família bolsonaro, e que tinham um trânsito total no governo, ao ponto de conseguirem abrir uma agenda do ministro. E qual o preço desse trânsito todo? Propina”, cobrou a deputada Tábata Amaral (PSB/SP).
Sem argumentos para defender o indefensável, Éder Mauro partiu para a tática já bastante conhecida dos bolsonaristas: desvio do assunto, com a velha propagação de notícias falsas.
“Esse bandido, esse cachaceiro que vocês tentam ressuscitar, faz palanque em caixa de batata porque não tem público pra ele”, se referindo ao ex-presidente Lula, omitindo os fatos de que o petista é líder em todas as pesquisas eleitorais e que os processos contra ele foram suspensos pelo STF, diante de detecções de violações de direitos de Lula, por parte de organizações jurídicas internacionais e nacionais.
Sem apresentação de dados ou documentos, ele ainda retornou à narrativa utilizada pelos bolsonaristas na campanha de 2018, de que as administrações petistas teriam implementado algum tipo de “educação às avessas”: “ensinaram, implantaram a anarquia, a droga, o teatrinho, homens nus, mulheres nuas regados à droga”, bravejou.
Visivelmente descontrolado, o Deputado soltou a palavra “p**ra”, após xingar o ex-presidente Lula, chamando-o de “bandido procurado pela polícia” e “cachaceiro”, e teve, por isso, seu microfone desligado.
Ele disse, ainda que “p***” , não é palavra de baixo calão , mas sim um “substantivo feminino, uma interjeição”, disse ele, após berrar para os deputados da Comissão de Educação “seus comunistas!”.