A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) encaminhou ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 30 de maio, alertando sobre o risco de desabastecimento de medicamentos em todo o Brasil. Medicamentos como antibióticos, antigripais e anti-inflamatórios estão em falta em farmácias e no SUS.
Uma série de fatores são responsáveis por essa crise. Os novos lockdowns em Xangai, na China, no início deste ano fizeram o preço da matéria-prima subir em média 200%. O país é responsável por 68% dos insumo farmacêutico ativo (IFA) para produção dos medicamentos; o Brasil produz apenas 5% do IFA utilizado no território nacional. A China também é responsável por outros incipientes medicamentosos (“ingredientes”) e materiais para a embalagem, como blister, tinta, frascos e conta-gotas.
O aumento da demanda por diversos medicamentos em consequência da covid-19 e suas sequelas fez aumentar o consumo de determinados itens. Também a guerra entre Rússia e Ucrânia prejudicou a logística, que sofreu um aumento de 300%.
Segundo um levantamento do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, o Conasems, diversos estados brasileiros relataram falta de mais de 40 medicamentos, que vão desde soro fisiológico e antibióticos até remédios utilizados no tratamento de doenças raras, como lúpus, Guillain-Barré e Crohn.
A dipirona injetável, por exemplo, está em falta em todo o território nacional. Quem precisa de antibióticos como amoxicilina, azitromicina, clavulanato e cefalexina também sofre com a escassez. Esses quatro itens são essenciais para o tratamento de doenças de grande prevalência, como problemas respiratórios e infecções urinárias.
Com informações do site do Drauzio Varela