Belém terá levantamento de déficit arbóreo para combate às alterações climáticas

Em entrevista ao Jornal Liberal publicada na última quarta-feira (10), o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, explicou os projetos de arborização da capital paraense, como parte de um plano mundial de enfrentamento às mudanças climáticas.

O prefeito esteve em Brasília para debater, junto à Federação Nacional dos Prefeitos (FNI), soluções às cidades amazônicas, para o desenvolvimento sustentável da região. Entre a discussões, estava o programa “Cities4Forest”, da ONG WRI, uma organização internacional e que tem relação com a FNI. A ideia é investir no plantio de árvores para tornar as cidades amazônicas mais arborizadas. Entre as cidades que aderiram ao programa, estão Belém e as também paraenses Abaetetuba, Barcarena e Santarém.

Segundo Edmilson contou ao Liberal, para atingir os objetivos do programa, são necessárias 480 mil mudas na cidade. O prefeito garante que 150 mil destas serão plantadas até 2024. Após as plantações, a perspectiva é que um balanço climático seja feito.

“Temos o desafio de arborizar a parte continental de Belém. Onde tem bairros como Guamá, Terra Firme, Jurunas, Cremação, São Brás, os mais conhecidos, mais centrais, como a Cidade Velha, e os mais populosos, é exatamente onde tem menos árvores. Então, participar dessa rede de cidades para a floresta, ter noção da arborização como elemento importante da defesa do clima, do equilíbrio climático, é fundamental”, disse o prefeito.

Filipe Bispo / O Liberal

A meta é alcançar os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável até 2030. Para tanto, o passo seguinte será reunir com as demais cidades que aderiram ao compromisso e levantar a quantidade de árvores em falta. A construção de cercas para proteger as espécies de furtos também está no planejamento.

Outro compromisso firmado durante a visita do prefeito a Brasília foi a inclusão de Belém na Associação Municipal do Brasil (AMB). A entidade é financiada pela União Europeia tendo mais de 11 mil prefeitos do mundo inteiro associados, reunidos no objetivo comum de enfrentar as alterações climáticas e gerar energia.

Segundo o prefeito, a filiação à organização garante acesso a informações e premiações na medida em que ações dentro do âmbito dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável sejam realizadas: “Para participar, eu assino um manifesto da rede em defesa do clima como prefeito, mas também assino a filiação à entidade. Com isso, a gente tem direito de receber informações, participar de fóruns e receber uma premiação anual conforme os avanços no âmbito dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. Eles vão nos ajudar formando os servidores públicos a uma série de programas de formação técnica, além de buscar recursos para apoiar projetos concretos”, disse ele.

 

Ju Abe

 

 

2 respostas para “Belém terá levantamento de déficit arbóreo para combate às alterações climáticas”

  1. Que boa notícia!
    Na matéria não há nenhuma referência à educação ambiental, o que é preocupante, pois para o sucesso desse esforço para melhorar a arborização de Belém será fundamental buscar e obter a colaboração da população em geral, o que somente será possível, se essa população estiver devidamente consciente de seu papel nessa empreitada.
    As ações de suposta educação ambiental implementadas pela PMB em gestões passadas (esporádicas e descoordenadas) se mostraram incapazes de provocar mudanças comportamentais expressivas na maioria da população.
    Talvez haja necessidade de que as ações de educação ambiental assumam caráter de permanência e de maior abrangência possível.
    Poderia ser conveniente que a PMB buscasse parcerias com a União e com o governo estadual. Afinal, conforme a legislação vigente, educação ambiental é da responsabilidade compartilhada entre os três entes federativos.
    A PMB poderia buscar parcerias também com todos os demais municípios da Região Metropolitana de Belém. Nessa possível articulação intermunicipal, talvez coubesse um estudo para o desenvolvimento de um projeto para as intervenções necessárias para a transformação das áreas de antigo Lixão de Aurá e do Aterro Sanitário de Marituba em parques públicos, como já ocorreu em outras cidades, como Nova Iorque (Freshkills) e São Paulo (Parque Raposo Tavares, e Parque Villa-Lobos).

  2. Que boa notícia!
    Na matéria não há nenhuma referência à educação ambiental, o que é preocupante, pois para o sucesso desse esforço para melhorar a arborização de Belém será fundamental buscar e obter a colaboração da população em geral, o que somente será possível, se essa população estiver devidamente consciente de seu papel nessa empreitada.
    As ações de suposta educação ambiental implementadas pela PMB em gestões passadas (esporádicas e descoordenadas) se mostraram incapazes de provocar mudanças comportamentais expressivas na maioria da população.
    Talvez haja necessidade de que as ações de educação ambiental assumam caráter de permanência e de maior abragencia possível.
    Poderia ser conveniente que a PMB buscasse parcerias com a União e com o governo estadual. Afinal, conforme a legislação vigente, educação ambiental é da responsabilidade compartilhada entre os três entes federativos.
    A PMB poderia buscar parcerias também com todos os demais municípios da Região Metropolitana de Belém. Nessa possível articulação intermunicipal, talvez coubesse um estudo para o desenvolvimento de um projeto para as intervenções necessárias para a transformação das áreas de antigo Lixão de Aurá e do Aterro Sanitário de Marituba em parques públicos, como já ocorreu em outras cidades, como Nova Iorque (Freshkills) e São Paulo (Parque Raposo Tavares, e Parque Villa-Lobos).

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