Silvinei Vasques é preso por suspeita de favorecimento a Bolsonaro nas eleições

Silvinei Vasques, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi preso na manhã desta quarta-feira (9), em Florianópolis.

O ex-diretor bolsonarista é alvo de investigação sobre interferência no segundo turnos das eleições.

A prisão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e faz parte de operação que apura o uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral de 2022.

Segundo a PF, os fatos apurados podem configurar os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.

Operação Constituição Cidadã
A Polícia Federal cumpre ainda 10 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.

Locais dos cumprimentos das medidas:
1 Mandados de Prisão Preventiva em SC
2 Mandados de Busca e Apreensão em SC
2 Mandados de Busca e Apreensão no RS
5 Mandados de Busca e Apreensão no DF
1 Mandado de Busca e Apreensão no RN

A operação foi batizada de Constituição Cidadã. O nome é uma referência à Lei Maior do Brasil, promulgada em 1988, a qual, pela primeira vez na história do país, garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto, maior representação da Democracia.

Relembro o caso
Em 30 de outubro, dia do segundo turno, a PRF realizou cerca de 500 bloqueios que interferiram na movimentação de eleitores, sobretudo no Nordeste, onde o presidente e então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.

Na véspera, o diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro.

Alexandre de Moraes, determinou, na época, a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques. O inquérito para apurar essas operações da PRF em rodovias foi aberto ainda em novembro de 2022.

Com informações do g1, via Fórum – Foto: reprodução

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