Uma jóia da arquitetura incrustada no centro de Belém que ajuda a contar a história da cidade. Esse é o complexo dos Mercedários, constituído por um convento e pela igreja de Nossa Senhora da Mercês, que tem sua fundação datada de 1640.
Esse espaço de tanto simbolismo para Belém vai passar por reforma e restauro para ganhar nova funcionalidade. A notícia foi anunciada nesta quarta-feira, 4, pelo Governo Federal, em cerimônia no local, que marcou a assinatura do contrato do “Projeto Cultural de Reabilitação do Complexo dos Mercedários”.
Será aplicado na obra um recurso de R$ 36,3 milhões, por meio de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“O BNDES voltou! Voltou para o meio ambiente, para a cultura e voltou para fazer entregas como esta, que nós estamos fazendo aqui hoje”, declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante a assinatura da liberação de crédito para a obra de reforma e restauro do espaço dos Mercedários.
A iniciativa do Governo Federal, por meio do BNDES, faz parte de um pacote de investimentos que serão aplicados em Belém, em preparação para a Conferência das Nações Unidas Sobre o Clima (COP 30), que será realizada na capital paraense em 2025.
Durante a assinatura da liberação de crédito, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, agradeceu a parceria entre o Governo Federal, a Arquidiocese de Belém e a Universidade Federal do Pará (UFPA), que vai passar a administrar o espaço. A parceria, segundo o prefeito Edmilson Rodrigues, vai beneficiar Belém e preservar sua memória.
Funcionalidade atual
O prédio do convento dos Mercedários já serviu de espaço religioso, alfândega, correios e, em 2018, foi cedido pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para Universidade Federal do Pará (UFPA), que, desde então, realiza no local atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas para a preservação, conservação e restauro do património cultural de Belém e do Estado do Pará. Atualmente, funciona no prédio o curso de bacharelado de Conservação e Restauro, pioneiro na Amazônia, e o curso de mestrado em Ciências do Patrimônio, ambos da UFPA.