Educação ambiental nas escolas fortalece o Programa Belém Sustentável

O primeiro ponto de coleta seletiva foi a Creche Betinho, no bairro da Terra Firme. Aualmente, o projeto já chegou em mais nove escolas (Foto: Agência Belém)

Desde 2021, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec) e de Saneamento (Sesan), desenvolve o projeto Educação Ambiental nas Escolas, que integra o Programa Belém Sustentável, Cidade Educada, para promover a coleta de lixo seletiva nas escolas e atividades de reciclagem em parceria com cooperativas.

A iniciativa, que começou na Creche Betinho, no bairro da Terra Firme, já se expandiu para mais nove escolas da rede municipal de ensino: Manuela de Freitas, Palmira Gabriel, Almerindo Trindade, João Nelson Ribeiro, Padre Leandro, Walter Leite, Rotary, Silvio Nascimento e a mais recente a aderir o projeto, a Escola Antonio Carvalho Brasil, no bairro da Condor.

“A educação ambiental, no âmbito do ensino formal, atua por meio de capacitação de professores, servidores, estudantes e pais, com oficinas e palestras mensais”, informa o professor Walter Braga, coordenador do Centro de Formação de Educadores Paulo Freire (CFEPF), e responsável pelo projeto na Semec.

O professor destaca ainda, que o projeto vai se estender a outras unidades de ensino e com um novo planejamento para, também, fortalecer as ações preparatórias para a 30ª edição da Conferência Anual da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será realizada na capital paraense, em novembro de 2025.

Consciência ambiental 

“A retirada dos materiais das escolas é feita uma vez por semana e em dias pré-definidos junto às cooperativas ou associações de catadores. Neste dia, os moradores do entorno da escola entregam os recicláveis para a cooperativas ou associação. Essas informações são amplamente divulgadas na comunidade escolar e no seu entorno”, explica Walter Braga sobre a metodologia de trabalho para a execução do projeto.

Braga reconhece que o desafio é grande, mas que é possível a mudança de hábitos e novos aprendizados sobre os cuidados com o meio ambiente. “Nosso planejamento inclui campanhas mensais de educação ambiental e de sustentabilidade em torno das escolas, caminhadas, distribuição de sacos recicláveis e de rejeitos”, ressalta o professor, acrescentando que de “forma gradual adquirimos uma rotina e levamos essa educação para a nossa casa e espaços públicos”

Benefícios

A comunidade escolar abraçou a iniciativa e já vem recolhendo muitos materiais recicláveis como garrafas pet, caixas de leite e de suco, latas de leite, embalagens, dentre outros. “São recicláveis que geram emprego, renda e contribuem para a preservação ambiental. Um círculo vigoroso de benefícios”, avalia o coordenador do Comitê Municipal da COP-30, Luiz Araújo.

Na prática, as cooperativas de reciclagem consistem em desenvolver todo o processo de separação do lixo, tratamento dos materiais recicláveis para depois enviar às empresas recicladoras, responsáveis pela comercialização desses materiais.

Entre os parceiros do projeto estão a Associação de Catadores da Coleta Seletiva de Belém (ACCSB); Associação de Catadores e Carroceiros de Materiais Recicláveis do Tenoné (Acacamaret); Cooperativa de Trabalho de Catadores de Resíduos Sólidos da Amazônia (Coopcresam); Cooperativa de Reciclagem (Concaves)-Coleta Seletiva; e Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis Filhos do Sol (CCMRFS).

Texto: Silvia SalesAssessoria de Imprensa do Comitê Executivo Municipal da COP-30

Via Agência Belém

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