No Pará, mortes violentas caem, mas ainda estão acima da média nacional

O Monitor da Violência, levantamento realizado pelo G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que analisou dados do primeiro semestre de 2023 das Secretarias de Segurança de todo o país, mostra que os as mortes violentas (homicídios, latrocínios e lesão corporal seguida de morte) caíram 13,9% no estado do Pará, mas ainda estão acima da média nacional.

Foram 2.068 mortes no período, aproximadamente 6 mortes por dia no Estado. No mesmo período em 2022, foram 2.395. Uma redução importante,  masque ainda é superior à média nacional: 25,5 vítimas a cada 100 mil habitantes, ante os 19,4 do país.

Violência caiu 15% em Belém

Segundo o G1, em Belém, as mortes violentas caíram 15%; outras grandes cidades também registraram redução, como Marabá, Castanhal, Ananindeua, Parauapebas, Altamira. Entre os municípios mais violentos, Barcarena teve alta, o que pode ter relação com a disputa por territórios no contexto do tráfico internacional de drogas, segundo o  secretário de Segurança Pública do Pará.

Desde 2017, há registro de que o Porte de Vila do Conde se tornou uma nova rota do tráfico de drogas internacional. Em 2020, a polícia militar apreendeu mais de duas toneladas de cocaína em uma propriedade rural próxima ao porto; m novembro de 2022, foram quase três toneladas.

Em agosto de 2023, o site InfoAmazônia publicou uma matéria sobre a dinâmica do tráfico na região, o crescimento das facções criminosas no Estado e a relação com os crimes ambientais, também na região do sudoeste paraense. (leia aqui) “Os traficantes de drogas no Pará e em toda a Amazônia procuram cada vez mais reinvestir ou lavar os lucros ilícitos através de crimes ambientais, como a mineração, a grilagem de terras, a pesca e a caça ilegal, que normalmente acarretam penas menores do que os crimes relacionados com as drogas”, diz a matéria.

 

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