Indignação com toda a situação que o Brasil vem vivenciando e sofrendo. Essa é a motivação que levou um grupo de brasileiros a redigir, na madrugada deste sábado (6/3), uma “carta aberta à humanidade”.
O texto tem assinatura coletiva e já recebeu adesões de personalidades como dom Mauro Morelli, bispo emérito de Caxias, padre Júlio Lancellotti, frei Leonardo Boff, Chico Buarque de Holanda e a namorada, a professora da UFRJ Carol Proner, a cantora Zélia Ducan e muitos outros. Os signatários apelam para que o Supremo Tribunal Federal (STF), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Congresso Nacional, a CNBB e as Nações Unidas entrem em ação.
O grupo está aberto a adesões. Basta o interessado encaminhar nome, profissão e cidade/estado onde reside para Marcelo Auler, um dos organizadores do movimento, via WhatsApp: 21 99922-3224.
Abaixo, confira o texto na íntegra:
“CARTA ABERTA À HUMANIDADE
“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança.” Hanna Arendt
O Brasil grita por socorro.
Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.
Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.
O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco os países vizinhos e toda a humanidade.
Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.
Nos tornamos uma “câmara de gás” a céu aberto. O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.
Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.
Vida acima de tudo”.