A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta terça-feira (09) a série histórica atualizada sobre ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o País, com dados obtidos em 8 de março de 2021. Entre os estados, a Fundação atesta que o Pará saiu da zona considerada crítica, passando de 82% para 75% de ocupação dos leitos de UTI na última semana. O boletim da Fiocruz aponta que, além do Pará, estão fora da zona considerada crítica os estados do Amapá, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Os dados também mostram que apenas Belém (75%) e Maceió (73%) estão com taxas de ocupação inferiores a 80% entre as 27 capitais do Brasil. Segundo o Boletim, do total de 27 capitais do país, 25 estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos iguais ou superiores a 80%, sendo 15 delas superiores a 90%.
OCUPAÇÃO DE LEITOS NAS CAPITAIS
Porto Velho (100%), Rio Branco (99%), Manaus (87%), Boa Vista (80%), Macapá (90%), Palmas (95%), São Luís (94%), Teresina (98%), Fortaleza (96%), Natal (96%), João Pessoa (87%), Recife (85%), Aracajú (86%), Salvador (85%), Belo Horizonte (85%), Vitória (80%), Rio de Janeiro (93%), São Paulo (82%), Curitiba (96%), Florianópolis (97%), Porto Alegre (102%), Campo Grande (106%), Cuiabá (96%), Goiânia (98%) e Brasília (97%). As outras duas capitais restantes estão com taxas superiores a 70%: Belém (75%) e Maceió (73%).
Adoção de medidas mais rigorosas – Diante da situação extremamente crítica das taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19, que indicam sobrecarga e mesmo colapso de sistemas de saúde, os pesquisadores reforçam no Boletim a necessidade de ampliar e fortalecer as medidas não-farmacológicas envolvendo distanciamento físico e social, uso de máscaras e higienização das mãos. “Nos municípios e estados que já se encontram próximos ou em situação de colapso, a análise destaca a necessidade de adoção de medidas de supressão mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais. Além disso, é necessário o reforço da atenção primária e das ações de vigilância, que incluem a testagem oportuna de casos suspeitos e seus contatos”, afirmam.
Com informações do Observatório Covid-19/Fiocruz- 10.03.2021
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