Sessão especial na Assembleia Legislativa, presidida pela deputada Marinor Brito (PSOL), integrante da Comissão de Direitos Humanos da Alepa, homenageou a história, trajetória e o legado do padre Bruno Secchi, grande símbolo da luta por direitos para os jovens, crianças e adolescentes no Pará, que nos deixou em 2020, vítima da Covid-19.
Na sessão, que contou com a presença de representantes de órgãos como o Ministério Público do Estado, Semec, Seduc, UFPA, Funpapa e da República, de Emaús, movimento fundado por padre Bruno, foram ouvidos diversos depoimentos que destacaram sua importância na luta pelos direitos humanos na sociedade paraense e brasileira.

A promotora da infância do Ministério Público do Estado, enfatizou a influência de padre Bruno nos trabalhos do MPE. Segundo ela, Bruno Secchi reforçava o “esforço em lutar por uma vida em comunidade, com direito à dignidade, lazer, cultura e solidariedade para nossa juventude.”
Jeane Gonçalves, jovem aprendiz integrante da República de Emaús destacou o papel do padre Bruno na valorização da juventude paraense. “Graças ao padre Bruno os jovens têm consciência de seus direitos. Ele reconheceu nosso valor e foi uma linha curva no meio de tantas linhas retas”.

A coordenadora da República de Emaús, Georgina Cordeiro, destacou a missão do movimento fundado por padre Bruno, e sua relevância frente à conjuntura atual, da fome e do desamparo causados pelas políticas anti-povo do governo Bolsonaro. “Ainda temos no Brasil cerca de 9 milhões de crianças e adolescentes sem acesso à vida digna. O legado de padre Bruno nos inspira a lutar para que as crianças tenham esse direito garantido, com casa, comida e educação de qualidade”.

Em sua fala, a deputada Marinor lembrou projeto de sua autoria, previsto para votação na sessão ordinária do próximo dia 31/05, criando a Comenda Padre Bruno Secchi, em homenagem aos defensores dos direitos das crianças e dos adolescentes. “O legado de padre Bruno Secchi no movimento de Emaús e na defesa dos direitos das crianças e adolescentes merece ser celebrado. Fico muito honrada em realizar esta homenagem a sua história de lutas e resistência em favor dos direitos humanos, que vive em todos nós mesmo após seu falecimento. Viva o padre Bruno! Viva a luta por direitos!”
Por Lucas Freire, via site Alepa.