LGBTQIfobia: festival junino de Parauapebas restringe participação de trans, travestis e homossexuais

Festival Jeca Tatu chega à 18ª versão, em Parauapebas, mesmo com acusação de LGBTQIfobia tramitando no MP/ Pará (Divulgação)

O Festival Junino Jeca Tatu, realizado no município de Parauapebas, vetou, através de seu regulamento oficial, a participação de homossexuais, travestis e transexuais em  posições de destaque em suas quadrilhas juninas. O caso motivou uma denúncia, que já tramita no Ministério Público do Pará. As informações são do site Belém Trânsito.

O evento é custeado pela prefeitura. No regulamento distribuído entre os participantes e divulgado pelo BT,  O artigo 58 do item “disposições gerais”, declara “vetada a participação de homossexuais, travestis e transexuais em cargo de destaque dentro da quadrilha, que venha a competir com mulheres”. Segundo o documento, os cargos de destaque são “noivas, miss caipira, miss simpatia, miss mulata e rainha”.

A entidade responsável pela organização do evento é a Liga Das Agremiações Juninas de Parauapebas. De acordo com o Portal da Transparência, a empresa recebeu do município 490 mil reais de dinheiro público para a sua realização. O Festival está em sua 18a edição.

A denúncia de LGBTQIfobia encaminhada ao Ministério Público do Pará foi feita pela Frente de Apoio e Inclusão aos Transgêneros da cidade, FAIT. A 4ª Promotoria de Justiça de Parauapebas confirmou que recebeu o pedido e registrou notícia de fato para apuração do caso.

Mesmo sob denúncia, o festival iniciou no último dia 22 , em Parauapebas. O Presidente do conselho de LGBTQIA+ Marcos Alister lamentou o caso e classificou como “preconceito e violação aos direitos básicos de pessoas transfemininas”, ele acrescentou ainda que “mulheres trans e mulheres travestis são mulheres e merecem ter seus direitos respeitados”, disse.

Edição Ju Abe

 

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