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Rede Brasil Atual– O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta a Brasília nesta semana para um agenda de negociações políticas. Na quinta-feira (28), Lula participa da 74ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento é significativo, considerando a política de destruição da ciência, da educação, do conhecimento e da cultura pelo governo Jair Bolsonaro.
Mas antes de viajar para o evento com a comunidade científica o ex-presidente teria encontro, nesta quarta, com o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), em São Paulo. Tasso teria declinado do compromisso, pois o PSDB realiza no mesmo dia sua convenção conjunta com o Cidadania. O diálogo entre Tasso e o ex-presidente incluiria a sucessão no Ceará – onde o PT definiu o nome de Elmano Freitas para o governo estadual – e também a nacional. No caso, o apoio do tucano a Lula em eventual segundo turno. O petista e o tucano podem, no entanto, conversar à distância, como já fizeram no domingo (24).
MDB: clima de racha
Ainda nesta quarta, o MDB também realiza sua convenção em clima de racha. O prefeito de Cacimbinhas (AL), Hugo Wanderley, aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), pediu ontem a anulação do evento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, negou hoje o pedido.
Lula com Janine Ribeiro
Já na quinta-feira, na reunião da SBPC, Lula recebe do presidente da entidade, o ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, documento com propostas para retomar o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
Em discurso na abertura da 74ª Reunião, na noite de domingo, Janine Ribeiro destacou a importância da ciência na atual conjuntura. Destacou que a “prioridade zero” do Brasil hoje é a defesa da democracia”. “Não teremos soberania nacional se não tivermos soberania popular”, disse.
Segundo Janine, nos últimos anos a sociedade “deu uma lição” ao governo. “Foi a sociedade que lutou pela vacina, que maciçamente foi aos postos de vacinação numa proporção às vezes maior do que países europeus, mesmo quando o governo não dava devida importância à vacina”, disse o ex-ministro no discurso.