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Atividades econômicas em terras indígenas, afrouxamento da legislação reguladora do garimpo e da mineração, desapropriação de territórios quilombolas, liberação de agrotóxicos, exploração mineral em reservas extrativistas. Estes são apenas alguns na longa lista de projetos que favorecem a exploração predatória da Amazônia, aumento dos conflitos agrários e ataques contra indígenas e quilombolas, que tiveram votos favoráveis de Éder Mauro, candidato à reeleição como deputado federal pelo PL de Bolsonaro, no Pará.
O último projeto citado acima é o PL 5822/ 2019, que prevê exploração mineral de pequeno porte em reservas extrativistas, de autoria do próprio deputado. Além deste, a ferramenta “Ruralômetro“, do site Repórter Brasil, mostra outros dois projetos de autoria do delegado bolsonarista, que atentam contra a vida da Amazônia e seus povos: um prevê a municipalização da regulamentação do garimpo (PL 5246/2019), o que, na prática, afrouxa as leis de regulação desta atividade predatória, e a outra (PL 2974/2021), propõe uma inacreditável pensão indenizatória à antigos colonos enviados pela Ditadura Militar para ocupar a Amazônia, durante a década de 70.
A ferramenta mede a atuação parlamentar em temas como meio ambiente, indígenas e trabalhadores rurais, os famosos “passadores de boiada”, no período entre 2019 e 2022. No ranking nacional de votação ou autoria em pautas que agridem o bioma amazônico e os povos tradicionais que nele habitam, Éder Mauro ocupa o terceiro lugar, ficando atrás apenas de Nelson Barbudo, do Mato Grosso, e Lucio Mosquini, de Rondônia. Ao todo, foram 17 votos considerados negativos dados pelo deputado, além dos três projetos de autoria dele próprio.
Ju Abe