Memória – Morte de Edson Luís pela ditadura militar completa 55 anos

No próximo dia 28 de março, completam-se 55 anos do assassinato do estudante secundarista Edson Luís Lima Souto. Ele tinha 17 anos e foi morto pela Polícia Militar em 1968, no restaurante Calabouço, durante um protesto de estudantes contra a alta do preço da refeição e a má qualidade da comida no restaurante estudantil.

Edson era um dos 300 estudantes que jantavam no local. Outro deles, Benedito Frazão Dutra, também ferido a bala, foi levado para o hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

Os estudantes não permitiram que o corpo do Edson fosse levado ao Instituto Médico Legal – com uma multidão já formada, foi conduzido em passeata ao prédio da Assembleia Legislativa, onde ocorreu a autópsia e foi feito o velório.

Sua morte causou uma convulsão no Rio, com reflexos pelo país. Dali surgiriam movimentos mais intensos contra a ditadura, em um ano que terminaria com a decretação do AI-5, intensificando a repressão do Estado. O assassinato do estudante é considerado um dos marcos da violência da ditadura militar que vigorou no país entre 1964 e 1985.

Nascido em uma família pobre, iniciou os estudos na Escola Estadual Augusto Meira em Belém, no Pará. Mudou-se para o Rio de Janeiro para fazer o segundo grau no Instituto Cooperativo de Ensino, no qual funcionava o restaurante Calabouço.

Edição Ponto de Pauta, com informações da Rede Brasil Atual e Agência Brasil
Foto: acervo da Biblioteca Nacional

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