Protesto da família e amigas de Catharina, nesta segunda (3). (Fotoreprodução: RBATV)
Em todo o país, a notícia da tentativa de estupro e baleamento da estudante universitária, Catharina Kethellen da Silva Palmerin, por um sargento da Polícia Militar, em uma parada de ônibus, no bairro do Guamá, em Belém, causou grande revolta.
A União Nacional dos Estudantes se manifestou pedindo “Justiça para Catharina: “Ate quando casos como esse de violência à mulher serão cotidianos em nosso país?”.
O PM, Arthur Santos Júnior, foi preso e alega que a estudante teria tentando assaltá-lo. “Horror: ontem num ponto de ônibus em Belém, Catharina, aluna de enfermagem, foi atacada por um homem bêbado e armado. Ela se defendeu c/1 canivete. Ele atirou nela. Felizmente,ela sobreviveu. Mas o homem, um PM, mente q ela tentou assaltá-lo. Alguém acredita?“, comentou a professora e blogueira feminista, Lola Aronovich.
Em Belém, a Prefeitura de Belém, através da Coordenadoria da Mulher, cobrou investigação rigorosa do caso: “A Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria da Mulher (Combel), manifesta repúdio ao ato de violência contra a estudante de enfermagem Catharina Kethellen da Silva Palmerin, ocorrido nesse domingo, 3, no bairro do Guamá. Segundo a família, além da violência física, a estudante sofreu tentativa de estupro. A investigação do caso deve ser feita com rigor. A Combel presta solidariedade à família e aos amigos, e se coloca à disposição para todo o apoio necessário.
Ressaltamos que, em Belém, a Combel presta trabalhos de apoio e orientação a todas as mulheres vítimas de violência que buscarem o serviço. Ao primeiro sinal de violência, denuncie e evite a morte de mais mulheres. O direito à vida de meninas e mulheres é uma responsabilidade de todos: família, sociedade e poder público. Se existe suspeita de que uma mulher sofre violência, ligue para o 180. Se a situação envolver crianças e adolescentes, disque 100.”
O caso é investigado pela Delegacia de Crimes Funcionais (DECRIF). “Foi instaurado inquérito policial militar para apurar o fato no âmbito institucional e o agente permanecerá afastado das atividades laborativas. A PM reitera que não compactua com desvios de conduta de qualquer agente”, afirmou a corporação no comunicado à imprensa.
Redação Ponto de Pauta