Cristãos protocolam na Câmara pedido de impeachment de Bolsonaro

Documento é assinado por 380 pessoas ligadas a igrejas cristãs, incluindo católicas, anglicanas, luteranas, presbiterianas, batistas e metodistas, além de 17 movimentos cristãos.

O crescente movimento político pelo afastamento do presidente Jair Bolsonaro ganhou o apoio, nesta terça-feira (26), de setores religiosos. Foi protocolado na Câmara dos Deputados, na parte da tarde, um novo pedido de impeachment contra o chefe do Executivo elaborado e assinado por lideranças religiosas de diferentes correntes cristãs.

Trata-se da 63º peça de impeachment contra o presidente protocolada na Casa. O novo pedido é subscrito por 380 pessoas entre padres e freiras católicas, anglicanos, luteranos, metodistas, pastores evangélicos e tem respaldo do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, da Comissão Brasileira Justiça e Paz da Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e da Aliança de Batistas do Brasil.

Trata-se da 63º peça de impeachment contra o presidente protocolada na Casa.

O principal crime de responsabilidade que os cristãos que subscrevem o pedido apontam é a maneira como Jair Bolsonaro conduziu o enfrentamento à pandemia do coronavírus e sua postura no sentido de atrasar o processo de vacinação no país.

Na peça de 74 páginas, os autores afirmam que as “ações e omissões” do presidente durante a pandemia são crimes de responsabilidade contra a probidade da administração.

“Bolsonaro atuou contra recomendações de autoridades sanitárias, desrespeitou regras de obrigatoriedade de uso de máscaras, promoveu e estimulou aglomerações, colocou em dúvida a eficácia e promoveu obstáculos à aquisição de vacinas, fez campanha pelo uso de medicamentos e tratamentos não corroborados pela comunidade científica, o que resultou, entre outras consequências, na pressão do Ministério da Saúde para uso dos medicamentos sem eficácia comprovada em Manaus ao mesmo tempo em que se esgotava o estoque de oxigênio na cidade”, diz o pedido.

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