TBT no ponto: campanha e protestos pela meia passagem estudantil na Belém de 1984

Campanha Pula Roleta, 1984

Em 1983, o DCE, em conjunto com outras entidades, deflagra campanha contra as péssimas condições dos ônibus, exigindo ‘o congelamento do preço da tarifa e a meia-passagem sem burocracia para todos’. No final da década de 1980, o movimento radicalizou promovendo uma série de confronto nas ruas de Belém entre estudantes e policiais, com ônibus invadidos e quebrados, até que, em 1984, o governador Jader Barbalho, finalmente assinou a lei de concessão de meia-passagem aos estudantes, limitada a 44 passes, detalhe que não satisfez os manifestantes.

No dia 2 de setembro de 1985, os estudantes voltam às ruas em protesto contra o limite estabelecido pelo governo. No dia seguinte, os jornais de Belém estamparam fotos de estudantes em plena operação ‘pula-roleta’ em ônibus da empresa ‘Guajará’. Os manifestantes exigiam meia-passagem sem limites, mediante apresentação de carteirinha (…)

As manifestações ocorriam sempre à noite. Os estudantes paravam os ônibus, pulavam a roleta e controlavam o itinerário, em geral desviado até o bairro de São Braz, onde se concentravam antes de seguir, cantando palavras de ordem, até a Residência do Governador (atual Parque da Residência) ou ao Palácio do Governo. A arregimentação no campus era feita por meio de arrastão em sala de aula. Com os ânimos exaltados, não raro, aconteceram quebra-quebra de ônibus, sobretudo de vidraças, durante as passeatas (…)”

As manifestações do “pula roleta” foi um importante momento na conquista pelos direitos sociais dos estudantes, marcou o início de luta e sonhos por uma sociedade mais justa e igualitária. Hoje, todos os estudantes têm direitos à meia passagem, mas seque sabem que seu direito foi fruto de muito sacrifício, sonhos e lutas, e, até mesmo, com sangue derramado.

Fonte/Imagens: Fragmentos de Belém

Uma resposta para “TBT no ponto: campanha e protestos pela meia passagem estudantil na Belém de 1984”

  1. estranho é que não aparece o nome de ninguém. não se sabe nada dessa publicação. estranho

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